Ameaças
ao tubarão-azul: pesca predatória e impactos
da exploração comercial
Barbatanas
e couro do animal alimentam comércio ilegal e práticas
de luxo, colocando a espécie em risco global
19/02/2025 – O tubarão-azul
(Prionace glauca), também conhecido como cação-azul
e tintureira, enfrenta uma crise ambiental causada pela exploração
predatória, sendo classificado como quase-ameaçado
de extinção pela Lista Vermelha da IUCN. Com
uma ampla distribuição em mares tropicais e
subtropicais, a espécie é alvo de pesca ilegal
no Brasil, gerando apreensões significativas. Recentemente,
o Ibama multou em R$ 10,8 milhões um servidor do Banco
Central por envolvimento na captura não autorizada
dessa espécie no litoral sul do país.
A prática ilegal de
captura de tubarões para retirada de barbatanas, popularmente
consumidas na Ásia em sopas luxuosas, exemplifica o
impacto do comércio global na conservação
da espécie. Em uma apreensão recente, a Receita
Federal interceptou 185 quilos de barbatanas de tubarão-azul,
que seriam exportadas para a China. Além das barbatanas,
o tubarão-azul é explorado pela sua pele, destinada
à fabricação de couro, e pela carcaça,
utilizada em rações, além de ser um alvo
frequente na pesca esportiva.
Essa espécie tem uma
vida migratória intensa, com registros de indivíduos
marcados nos Estados Unidos sendo reencontrados na Espanha,
o que reforça sua ampla movimentação
nos oceanos. Preferindo águas mais frias, o tubarão-azul
costuma se aproximar das costas em períodos de reprodução.
Seu corpo alongado, com dorso azul-escuro e ventre branco,
atinge até quatro metros de comprimento, e sua expectativa
de vida chega a 20 anos.
Com hábitos
alimentares oportunistas, a espécie se organiza em
grupos para caçar presas como lulas, peixes de cardume,
e até carcaças de cetáceos. Pesquisadores
da Universidade Federal do Rio Grande do Sul apontam que,
embora não seja agressivo em sua interação
com humanos, o comportamento em grupo pode levar a ataques
coletivos sob circunstâncias específicas.
O tubarão-azul é
uma das espécies de tubarão mais pescadas no
mundo, com sua sobrevivência ameaçada pelo avanço
da pesca predatória e pela falta de regulamentação
efetiva em várias regiões. A pressão
econômica e o consumo incentivam práticas insustentáveis
que colocam em risco a biodiversidade marinha.
Ações mais rigorosas
de fiscalização, educação ambiental
e esforços internacionais de conservação
são cruciais para conter o declínio da espécie.
Garantir a proteção do tubarão-azul não
apenas preserva a biodiversidade marinha, mas também
assegura o equilíbrio ecológico dos oceanos,
indispensável para a sobrevivência de muitas
outras espécies.
Da Redação,
com informações de Agências Internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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