Líderes
da Commonwealth firmam compromisso global para proteger os
oceanos
Ação
coletiva busca mitigar impactos das mudanças climáticas
e proteger ecossistemas marinhos até 2030
11/03/2025 – Líderes
dos 56 países que integram a Comunidade Britânica
(Commonwealth) reuniram-se na Samoa e firmaram a primeira
declaração conjunta sobre os oceanos, chamada
Declaração Apia Oceânica da Commonwealth
para um Futuro Comum Resiliente. A iniciativa visa preservar
os mares diante dos desafios impostos pelas mudanças
climáticas, poluição e exploração
excessiva de recursos naturais.
Um dos pontos centrais do
acordo é a manutenção das fronteiras
marítimas nacionais mesmo em cenários de aumento
do nível do mar. Essa medida permitirá que nações
insulares continuem aproveitando os benefícios econômicos
de suas zonas de pesca, mesmo que parte de seus territórios
venha a ser submersa. Essa proposta alinha-se aos esforços
liderados por países como Tuvalu, que busca assegurar
o reconhecimento de sua soberania em caráter permanente,
mesmo com as mudanças geográficas causadas pela
crise climática.
Além
disso, a declaração estabelece metas em sintonia
com o Acordo de Kunming-Montreal, aprovado na COP15, entre
as quais se destacam a proteção de pelo menos
30% dos oceanos e a recuperação de 30% dos ecossistemas
marinhos degradados até 2030. Também foi reforçada
a necessidade de finalizar o Tratado Global sobre Plásticos
e de ratificar o Acordo BBNJ, destinado à conservação
da biodiversidade em áreas além da jurisdição
nacional.
Os líderes também
se comprometeram com iniciativas como:
• desenvolver estratégias de adaptação
costeira, incluindo soluções baseadas na natureza;
• incentivar uma economia azul sustentável com
gestão integral das águas nacionais;
• reduzir emissões do setor marítimo e
ampliar a capacidade de energia renovável nos oceanos.
A primeira-ministra de Samoa
destacou que a escolha do Pacífico como sede para a
assinatura foi significativa, considerando o impacto direto
das mudanças climáticas na região, onde
os oceanos representam 96% do território.
Já a secretária-geral
da Commonwealth ressaltou que o documento estabelece um marco
para futuras negociações internacionais sobre
proteção marinha e deve influenciar eventos
importantes, como a COP29 e a Conferência dos Oceanos
da ONU.
A Commonwealth, que reúne
um terço da população mundial e administra
mais de 36% das águas sob jurisdição
nacional, desempenha um papel estratégico nesse esforço
coletivo, especialmente considerando que quase metade dos
seus países são pequenos estados insulares em
desenvolvimento, os mais vulneráveis às mudanças
climáticas.
Com esse compromisso, a comunidade
internacional reforça o alerta sobre a urgência
de proteger os oceanos, essenciais para a saúde do
planeta e o futuro das próximas gerações.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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