Orcas podem caçar tubarões com objetivo específico
Estudo revela que fígado de tubarões pode ser o motivo

28/04/2025 – Estudos baseados em DNA confirmaram que orcas caçaram um tubarão-branco na Austrália com o objetivo específico de extrair seu fígado. A descoberta, feita pela Universidade Flinders, revela um comportamento inusitado dessas criaturas marinhas, desafiando o que se sabia sobre a cadeia alimentar oceânica. Em 2023, uma carcaça de tubarão-branco de 4,7 metros foi encontrada na praia de Portland, e a análise dos ferimentos indicou que a orca havia consumido o fígado, um órgão nutritivo, um fenômeno nunca registrado antes no país.

A pesquisa publicada na revista Ecology and Evolution utilizou técnicas forenses para sequenciar o DNA das mordidas no tubarão-branco, confirmando que a orca foi responsável pela sua morte e pela remoção do fígado. Outros ferimentos foram atribuídos a tubarões-scavengers, como o tubarão de sete brânquias. Isabella Reeves, autora principal do estudo, destacou que os órgãos internos, como o fígado e os órgãos reprodutivos, estavam ausentes, e que uma das feridas era característica da extração do fígado por orcas.

Reprodução/Pixabay

 



Esse comportamento de orcas caçando tubarões para extrair seus fígados já havia sido registrado em locais como Califórnia e África do Sul, mas nunca na Austrália. Na região australiana, as orcas consomem várias espécies de tubarões, como tubarões-azuis e tubarões-tigre. A descoberta sugere que esse fenômeno raro pode ser mais comum do que se pensava.

Moradores locais observaram orcas chamadas "Bent Tip" e "Ripple" capturando uma grande presa na Baía de Bridgewater, dois dias antes da carcaça do tubarão ser encontrada. O estudo revela um comportamento raro das orcas, mostrando como elas caçam e consomem partes específicas de suas presas, como o fígado, o que pode afetar os ecossistemas marinhos. Segundo o professor Adam Miller, isso destaca a complexidade das interações entre predadores e presas nos oceanos e a importância de monitorar essas relações para preservar a saúde dos ecossistemas marinhos.

Da Redação, com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
 

 

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