ONU
Alerta que oceanos não devem se tornar ‘faroeste’
de exploração
Organização
das Nações Unidas afirma que os oceanos estão
em estado de "emergência"
09/06/2025 – A ONU declarou
que os oceanos estão em estado de "emergência"
e apelou para ações urgentes dos líderes
mundiais. O secretário-geral da ONU, António
Guterres, manifestou preocupação com os impactos
da exploração do fundo do mar, especialmente
após medidas adotadas durante o governo Trump, mas
demonstrou esperança em uma mudança rumo a uma
gestão sustentável dos oceanos.
O anúncio de Donald
Trump, em abril, de acelerar a análise de pedidos de
mineração em áreas fora da jurisdição
dos EUA intensificou o debate global sobre a exploração
dos fundos marinhos. A Autoridade Internacional dos Fundos
Marinhos (ISA) deve se reunir em julho para discutir regulamentações
sobre a mineração em águas profundas.
António Guterres apoia essas negociações,
enquanto diversos países, incluindo a França,
defendem uma moratória à prática até
que seus impactos ambientais sejam melhor compreendidos.
O presidente francês
Emmanuel Macron pediu uma mobilização global
para proteger os oceanos, defendendo que o fundo do mar "não
está à venda" e comparando sua exploração
predatória à cobiça pela Groenlândia.
Ele classificou como insensato qualquer empreendimento que
destrua a biodiversidade marinha e reforçou a necessidade
de uma moratória internacional sobre a mineração
submarina.O presidente Lula alertou contra o unilateralismo
nas decisões sobre os oceanos e cobrou ações
firmes da Autoridade Internacional dos Fundos Marinhos para
evitar que se repitam os erros do comércio internacional.
Espera-se que os
países participantes da Cúpula adotem a "declaração
final de Nice", com compromissos mais firmes em defesa
dos oceanos. A França busca garantir a ratificação
de 60 países para que um tratado firmado em 2023 entre
em vigor como lei internacional. Segundo o presidente Emmanuel
Macron, esse objetivo está próximo, com 50 ratificações
já recebidas e 15 países adicionais comprometidos
formalmente em aderir.
A Presidência francesa
afirmou que a ratificação do tratado para proteção
dos oceanos deve ser concluída até o final do
ano, embora não tenha divulgado a lista de países
envolvidos. A entrada em vigor do acordo é vista como
essencial para alcançar a meta global de proteger 30%
dos oceanos até 2030. Atualmente, as áreas marinhas
protegidas representam apenas 8,4% da superfície total
dos oceanos.
Durante a reunião em
Nice, espera-se que vários países anunciem novas
áreas marinhas protegidas e restrições
a práticas como a pesca de arrasto. Apesar das dificuldades
recentes em alcançar consenso e financiamento nas conferências
da ONU sobre meio ambiente, o evento reúne líderes
políticos, cientistas, empresários e ativistas
ambientais. Manifestações pacíficas foram
convocadas, e 5.000 policiais foram mobilizados para garantir
a segurança durante os cinco dias do encontro.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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