Leões marinhos recebem câmeras para monitorar oceanos
Fêmeas fizeram gravações em mais de 5 km2, incluindo áreas não mapeadas

14/07/2025 – Uma equipe de pesquisadores mapeou as profundezas do oceano na costa sul da Austrália, incluindo áreas inexploradas, com a ajuda de oito leoas-marinhas-australianas. As câmeras acopladas aos animais forneceram quase 90 horas de filmagens, cobrindo mais de 500 quilômetros. Esse trabalho possibilitou o mapeamento de 5 mil km² do leito oceânico e dos habitats das leoas-marinhas. Os resultados foram publicados na revista Frontiers in Marine Science.

Para capturar as imagens, os cientistas fixaram câmeras, rastreadores e sensores de movimento nas leoas-marinhas usando adesivos de neoprene, que não ultrapassavam 1% do peso dos animais, garantindo que não interferissem em sua vida ou comportamento. As 89 horas de filmagens cobriram seis habitats marinhos ocupados pela espécie. Essa técnica visa ser uma alternativa aos métodos tradicionais de mapeamento, como o uso de veículos subaquáticos ou câmeras em embarcações.

Reprodução/Pixabay

 



De acordo com a revista Nature, apenas 26% do leito marinho foi explorado. Como os leões-marinhos percorrem grandes distâncias em busca de alimento, os pesquisadores viram neles aliados ideais para a exploração. Simon Goldsworthy, do South Australian Research and Development Institute (SARDI), destacou que as leoas-marinhas oferecem uma "janela" para o mundo marinho, revelando detalhes que antes eram desconhecidos. As filmagens ajudaram a mapear áreas importantes para as fêmeas da espécie e a entender seu comportamento e a biodiversidade dos habitats marinhos, comparando os ambientes frequentados por dois grupos de colônias australianas.

As gravações também foram usadas para treinar uma Inteligência Artificial (IA) de machine learning, capaz de prever com mais de 98% de precisão as características de áreas ainda desconhecidas. Nathan Angelakis, coautor do estudo, explicou que esses habitats são profundos e remotos, tornando impossível acessá-los por métodos de pesquisa tradicionais, como os realizados a partir de embarcações.

Além do avanço no mapeamento oceânico, o estudo também alerta para o risco de extinção dos leões-marinhos-australianos, cuja população caiu 60% nos últimos 40 anos, levando a espécie a ser classificada como "Em perigo" pela IUCN. Atualmente, existem cerca de 10 mil exemplares na costa sul da Austrália. As informações obtidas são essenciais para entender como a profundidade e o suprimento de nutrientes afetam a distribuição de seus habitats, ajudando em estratégias de conservação mais eficazes.

Da Redação, com informações de agências de notícias
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay

 
 
 
 

 

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