Espécie
de coral pode ter mais chance de sobreviver ao aquecimento
do oceano
Condição
pode ocorrer se houver caranguejos por perto
25/07/2025 – Cientistas
ambientais da Universidade Duke, em colaboração
com outras universidades, descobriram que os corais chifre-de-veado
verdes ao redor da Ilha Heron, na Grande Barreira de Corais,
têm mais chances de sobreviver ao aumento da temperatura
da água se caranguejos com garras viverem nas proximidades.
O estudo, publicado no Proceedings of the Royal Society B,
envolveu a coleta de amostras de corais para testes em laboratório.
Pesquisas anteriores indicaram
que a mudança climática ameaça os recifes
de corais, colocando em risco as criaturas que vivem neles.
Os recifes estão sendo afetados por dois fatores principais:
o aumento da temperatura da água e o aumento da acidez
do mar devido ao dióxido de carbono atmosférico.
A equipe de pesquisa observou que os corais têm relações
simbióticas com várias espécies oceânicas
e investigou se essas relações poderiam ajudar
os corais a sobreviver a essas condições em
mudança.
Pesquisas anteriores indicaram
que o coral chifre-de-veado verde, responsável por
criar recifes rasos, está sendo fortemente impactado
pelas mudanças climáticas, sofrendo com o branqueamento
e tornando-se mais vulnerável a doenças e predadores,
como as estrelas-do-mar. Estas estrelas causam feridas nos
corais, levando a infecções e morte. Os pesquisadores
notaram que caranguejos com garras de casco vivem nas proximidades
desse coral e que essa relação pode ser benéfica
para ambos. Para investigar se os caranguejos ajudam o coral
a sobreviver às mudanças ambientais, os pesquisadores
coletaram amostras para testar em laboratório.
No laboratório,
os pesquisadores recriaram as condições naturais
do coral, incluindo a água do mar local. Eles observaram
que a predação por estrelas-do-mar causava ferimentos
nos corais, que "sangravam" um muco que atraía
caranguejos-de-garras-de-casco. Os caranguejos se alimentavam
desse muco sem prejudicar o coral e também consumiam
algas marinhas, que normalmente transmitem bactérias
infecciosas. Isso ajudou a prevenir infecções
nos corais. Comparados a um grupo de controle, os corais protegidos
pelos caranguejos tinham 60% menos chance de sofrer perda
de tecido, aumentando significativamente suas chances de sobrevivência,
mesmo com a água mais quente.
Mais informações:
Julianna J. Renzi et al, Um mutualista abundante pode proteger
corais de múltiplos estressores, Proceedings of the
Royal Society B: Biological Sciences (2025). DOI: 10.1098/rspb.2024.2936
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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