Startup
usa cinzas humanas para construir recifes de corais
Empresa
acredita que alternativa ecológica para os funerais
pode contribuir com a biodiversidade
07/11/2025 – Enterros
tradicionais e cremações têm grande impacto
ambiental, emitindo, respectivamente, cerca de 833 kg e 400
kg de CO2 por cerimônia. Além disso, só
nos EUA, a construção de túmulos consome
mais de 1,6 milhão de toneladas de concreto e 14 mil
toneladas de aço por ano. Como alternativa ecológica,
a startup britânica Resting Reef propõe transformar
cinzas humanas em recifes artificiais submersos. Fundada por
Aura Pérez e Louise Skajem, a empresa mistura cinzas
com conchas de ostras moídas e concreto para criar
estruturas que promovem a vida marinha, oferecendo um memorial
sustentável e em harmonia com a natureza.
A Resting Reef utiliza a aquamação,
uma alternativa ecológica à cremação
que emprega soluções alcalinas, para transformar
cinzas em recifes artificiais. O material resultante é
impresso em 3D com formatos e texturas que abrigam espécies
marinhas. Instalados a cerca de 10 metros de profundidade,
esses recifes ajudam a regenerar a biodiversidade, filtrar
a água e prevenir a erosão costeira. Cada estrutura
pode capturar até 2,2 milhões de quilos de CO2
em três anos. A startup iniciou suas atividades em 2024,
em Bali, com cinzas de animais de estimação,
e agora está expandindo para cinzas humanas, buscando
licenças para atuar no sul da Inglaterra.
A cofundadora Aura
Pérez afirma que o setor funerário precisa se
reinventar para promover a vida e o crescimento. A proposta
inovadora da Resting Reef já recebeu reconhecimento
internacional: venceu o Terra Carta Design Lab, criado pelo
rei Carlos III e Jony Ive, ganhou uma bolsa da Innovate UK
e teve suas fundadoras incluídas na lista Forbes 30
Under 30 na categoria de impacto social.
No projeto-piloto realizado
em Bali, a Resting Reef instalou 24 recifes em homenagem a
animais de estimação, em colaboração
com comunidades locais. O impacto foi significativo: a diversidade
de peixes nos recifes foi 12 vezes maior que em áreas
degradadas próximas, atraindo 59 espécies diferentes.
Com esse sucesso, a empresa espera oferecer às famílias
uma despedida simbólica que honre os entes queridos
e, ao mesmo tempo, beneficie o meio ambiente. Como resume
Pérez, trata-se de “deixar um legado que literalmente
dá vida nova aos oceanos”.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de inteligência
artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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