18/11/2025 – Um estudo divulgado pela National Geographic revelou que as vocalizações das baleias-azuis e das baleias-fin estão diminuindo significativamente na Corrente da Califórnia, enquanto as baleias-jubarte mantêm seu canto estável. A pesquisa, conduzida ao longo de seis anos com hidrofones subaquáticos, foi liderada por John Ryan, do Monterey Bay Aquarium Research Institute. O enfraquecimento desses sons, que normalmente percorrem grandes distâncias, preocupa os cientistas e sugere mudanças no ecossistema marinho.

A redução nas vocalizações das baleias-azuis está ligada a "The Blob", uma onda de calor marinha que entre 2014 e 2016 elevou a temperatura do Pacífico em até 4,5°C. Esse aumento causou a queda na oferta de krill, principal alimento das baleias, impactando a cadeia alimentar. Durante esse período, os sons das baleias caíram cerca de 40%, pois elas gastavam a maior parte do tempo procurando comida, segundo Ryan.

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Ao contrário das jubartes, que têm dieta diversificada, as baleias-azuis dependem quase exclusivamente do krill. Com a escassez desse alimento, elas precisam otimizar cada mergulho para economizar energia, sobrando pouco tempo e força para cantar, um comportamento importante para comunicação e reprodução. Estudos na Nova Zelândia entre 2016 e 2018 confirmaram o mesmo padrão: em anos com águas mais quentes, as baleias emitiram menos chamadas de alimentação e canto de acasalamento, indicando que a falta de alimento reduz o investimento na reprodução, segundo a ecóloga Dawn Barlow.

As baleias-azuis atuam como "sentinelas do oceano", pois seu comportamento reflete a saúde dos ecossistemas marinhos. O silêncio crescente dessas baleias pode indicar o impacto duradouro das mudanças climáticas nessas águas. O estudo destaca a importância de ouvir os sons do oceano para monitorar e proteger a vida marinha, já que o som revela informações sobre ecossistemas, cadeias alimentares e possíveis crises ambientais. Como afirma Barlow, o silêncio das baleias é um alerta de mudanças profundas no oceano.

Da Redação, com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência Artificial
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