Até
2050 impacto de humanos nos oceanos duplicará, diz
estudo
Mudança
climática está entre os desafios que devem ser
enfrentados
25/11/2025 – Um estudo
publicado na revista Science alerta que as atividades humanas,
somadas às mudanças climáticas, estão
acelerando a degradação dos oceanos. A pesquisa,
conduzida por universidades dos EUA e da África do
Sul, aponta que o uso crescente dos recursos marinhos para
alimentação, pesca, bem-estar e turismo pode
dobrar os impactos cumulativos nos ecossistemas oceânicos
até 2050. O ecologista Ben Halpern, líder do
estudo, destaca que os danos já são significativos
e tendem a se intensificar nos próximos 25 anos.
A pesquisa analisou como os
ambientes marinhos poderão se transformar até
meados do século 21, mapeando com alta precisão
os impactos de dez tipos de pressões — climáticas,
terrestres, pesqueiras, entre outras — sobre vinte habitats
marinhos. Os cientistas avaliaram dois cenários climáticos
e constataram que os impactos aumentarão de forma rápida
e intensa. Segundo o pesquisador, o ritmo acelerado dessa
degradação é o aspecto mais preocupante.
A pesquisa aponta que o aquecimento
dos oceanos e a perda da fauna marinha pela pesca serão
os principais fatores de impacto no futuro. Regiões
tropicais já enfrentam danos crescentes, enquanto os
polos estão sendo fortemente afetados, com tendência
de piora. Os cientistas alertam que os impactos previstos
podem superar a capacidade de recuperação dos
ecossistemas, dificultando ações efetivas para
reverter os danos.
O estudo destaca
a preocupação com as áreas costeiras,
que concentram grande parte da atividade humana e são
essenciais para a subsistência de populações
ribeirinhas. Essas regiões, onde se extrai mais valor
do oceano, estão especialmente vulneráveis aos
impactos cumulativos da degradação ambiental.
Comparando com um estudo de 2008, que mostrou que 41% dos
ecossistemas marinhos já haviam sido afetados por ações
humanas, o novo trabalho aponta para um agravamento futuro.
Segundo Halpern, o estudo atual revela a direção
preocupante que estamos tomando.
A equipe do estudo defende
a adoção de ações políticas
urgentes para conter as mudanças climáticas
e promover uma gestão pesqueira mais eficaz, com o
objetivo de reduzir os impactos humanos sobre os oceanos.
Também recomenda a conservação de habitats
naturais, como pântanos e manguezais, para aliviar a
pressão sobre os ecossistemas. Com as previsões
apresentadas, os pesquisadores esperam que medidas concretas
sejam tomadas. Segundo Halpern, o estudo serve como um alerta,
mostrando que ainda há tempo para mudar o rumo atual.
Da Redação,
com informações de agências internacionais
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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