Cientistas
desenvolvem um “Google Maps” sonoro para identificação
de espécies que vivem em corais
A
ferramenta possibilita o monitoramento contínuo sem
a necessidade de mergulhadores ou embarcações,
registrando comportamentos e sons inéditos
04/12/2025 – Pesquisadores
do FishEye Collaborative, da Universidade Cornell e da Aalto
University desenvolveram o UPAC-360, uma ferramenta inovadora
que combina gravação de sons subaquáticos
e vídeo 360°. O equipamento permite identificar
quais peixes estão produzindo sons em recifes de coral,
algo antes restrito a animais mais barulhentos como golfinhos
e baleias. Com ele, foi possível reconhecer sons de
46 espécies de peixes do Caribe, muitas nunca antes
associadas a vocalizações.
O Dr. Marc Dantzker, do FishEye Collaborative,
destaca que a grande diversidade de sons de peixes no Caribe
— com mais de 700 espécies sonoras — representa
tanto uma riqueza quanto um desafio para a conservação.
A nova ferramenta desenvolvida permite monitoramento contínuo
dos recifes sem interferência humana, revelando comportamentos
inéditos e sons nunca registrados. Além disso,
os dados alimentam sistemas de inteligência artificial,
com potencial para criar um "Merlin dos oceanos",
capaz de identificar espécies marinhas por seus sons.
Segundo Dantzker, essa tecnologia torna a acústica
uma aliada essencial na proteção dos recifes.
Embora ocupem apenas 0,1% do fundo
do oceano, os recifes de coral abrigam cerca de 25% das espécies
marinhas, sendo cruciais para a biodiversidade e a segurança
alimentar de cerca de um bilhão de pessoas. No entanto,
estão em declínio devido às mudanças
climáticas, poluição e pesca predatória.
A equipe do projeto planeja expandir a pesquisa para outras
regiões, como Havaí e Indonésia, com
o objetivo de ampliar o acervo de sons marinhos e mapear mais
espécies. “Estamos apenas começando a
ouvir a verdadeira sinfonia do oceano”, afirma o pesquisador
Matt Duggan.
Da Redação, com informações
de agências de notícias
Matéria elaborada com auxílio de Inteligência
Artificial
Fotos: Reprodução/Pixabay
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