ONGs debatem desmatamento e educação ambiental na SMA
Secretário Xico Graziano recebe ambientalistas para café ambiental

Com o intuito aproximar a Secretaria Estadual do Meio Ambiente (SMA) das entidades ambientalistas, o 5º café ambiental abordou investimentos do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (FEHIDRO) em Educação Ambiental (E.A.) e apresentou o balanço dos projetos ambientais estratégicos: Desmatamento Zero e Mata Ciliar.

Realizado na primeira terça-feira do mês de março, o encontro contou com a participação de mais de 25 entidades integrantes do Cadastro das Entidades Ambientalistas (CadEA), que defendem a preservação do meio ambiente e atuam diferentemente no âmbito da educação. Três ativistas do Pick-upau estiveram no encontro, incluindo a bióloga e doutora, Heloisa Candia Hollnagel, que é coordenadora do ‘Atmosfera’ (www.atmosfera.org.br), programa de reflorestamento e neutralização de gases de efeito estufa (GEE) da Agência Ambiental Pick-upau.

José Jorge/SMA-SP
Secretário de Meio Ambiente, Xico Graziano, durante o encontro com ambientalistas.

Educação ambiental em destaque

Xico Graziano, secretário estadual do Meio Ambiente destacou a importância da educação ambienta -“Quando assumi, a educação ambiental era muito discutida, pouca gente fazia educação ambiental. Esse é um esforço meu para fazer o ambientalismo de ação”, disse Graziano. Uma coordenadoria própria para a educação foi criada a fim de que não seja um tema paralelo e sim integrado. “A educação ambiental não é algo que se faça em separado, ela faz parte do planejamento dessa gestão e é uma das diretivas de maior peso nas metas do Projeto Município Verde Azul”, completou a coordenadora de educação ambiental da SMA Malu Freire.

Ambientalistas de municípios vizinhos da região metropolitana de São Paulo indagaram a possibilidade de estabelecer espaços do Criança Ecológica em suas localidades, Graziano explicou que faz – se necessário um apoio da prefeitura local e dessa forma o projeto poderá ser ampliado. Há uma previsão de expansão dos 24 pontos do ‘Criança Ecológica’ hoje existentes, para pelo menos 30 até o final de 2010, com um potencial de atendimento a 300.000 crianças.

Recursos

O Fundo Nacional dos Recursos Hídricos (FEHIDRO) financiou 150 projetos de educação ambiental de Organizações Não Governamentais desde 2003. Rachel Marmo Azzari, diretora do Centro de Análise e Avaliação de Projetos da CEA, demonstrou gráficos referentes a tais investimentos e informou que biodiversidade, cultura e participação social são temas destes projetos que propõe palestras, oficinas, mobilização e articulação social como atividades educativas.

José Jorge/SMA-SP
Rachel Marmo Azzari, diretora do Centro de Análise e Avaliação de Projetos da CEA, fala sobre recursos destinados para educação ambiental.

São Paulo quer virar a página do desmatamento

O café prosseguiu com a apresentação do projeto Desmatamento Zero, que segundo dados da Secretaria Estadual do Meio Ambiente existem 110 hectares em recuperação para cada hectare desmatado -“Não é que não exista mais supressão de vegetação, mas estamos recuperando muito mais. Isso está comprovado no Inventário Florestal do Estado com imagens de satélite, que será divulgado até o final do mês” explicou Graziano. O balanço apresentado considera que o desmatamento predatório e ilegal em São Paulo não é mais como no passado, houve uma redução de 31% na área autorizada para cortes e a fiscalização está mais presente, segundo a SMA. Esses dados serão apresentados ao Conselho Estadual do Meio ambiente ainda em Março.

Ainda segundo a secretaria, obras lineares obtêm a maior porcentagem de supressão vegetal, cerca de 30%, em seguida atividades relacionadas à agricultura e pecuária com 27% de área autorizada suprimida - “Todo mundo pensa que a agropecuária é a principal responsável pela supressão, mas percebemos que obras lineares, como dutos e fiações, já ultrapassaram esse tipo de atividade”, afirma Graziano.

José Jorge/SMA-SP
Andrea Nascimento, do Pick-upau, acompanha apresentação do projeto Desmatamento Zero.

Para o diretor-executivo do Pick-upau, J. Andrade, a supressão causada por obras lineares pode até ultrapassar o índice de desmatamento relacionado à agricultura e pecuária, mas em apenas alguns casos e municípios. “São casos isolados, em municípios onde grandes obras estão sendo realizadas [estaduais ou federais] isso pode ocorrer, mas de uma maneira geral a agricultura e a pecuária ainda são o principais fatores de desmatamento no país, sobretudo em áreas do Cerrado e da Amazônia. Em algumas regiões do estado de São Paulo, isso pode ocorrer, mas, com certeza não é uma realidade no resto do Brasil”, afirmou.

Combate

A Polícia Militar Ambiental registrou número menor de corte ilegal de vegetação. A área autuada em 2008 chegou a 4.527 ha, enquanto no ano de 2009 o número caiu para 3.109 ha. Existe um interesse de uma possível capacitação para que a Polícia Ambiental possa identificar e caracterizar a vegetação autuada - “Infelizmente, a Polícia Militar Ambiental não registra nas autuações qual o tipo ou estágio da vegetação que foi desmatada ilegalmente, por isso contamos todas as autuações como desmatamento, mas teremos que capacitá-los para que possamos fazer essa diferenciação”, declarou o secretário.

José Jorge/SMA-SP
Secretário de Meio Ambiente, Xico Graziano, durante o encontro com ambientalistas.

A recuperação de mata ciliar também é crescente, calcula-se um aumento de pelo menos 127.600 ha desta importante vegetação. O cálculo do desmatamento é baseado na soma de áreas autuadas pela Polícia Militar Ambiental com as regiões de mata e cerrado autorizados a supressão. O balanço do projeto ambiental estratégico Desmatamento Zero da SMA, informou que há uma redução de desmatamento de 30% comparado com o mesmo período em 2008 e também esclareceu para a sociedade civil como tais cálculos foram feitos.

Da Redação
Colaborou Ludmilla Fregonesi e Valéria Duarte/SMA-SP
Fotos: José Jorge/SMA-SP

 
 
 
 

 

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