Paisagismo ecológico no CECFAU prevê bem estar para pessoas e animais
Parceria entre Pick-upau e Zoo de São Paulo já apresenta resultados no paisagismo

03/04/2016 – Em 2016 o Centro de Conservação de Fauna Silvestre do Estado São Paulo (CECFAU) já comemorou o nascimento de dois filhotes de tamanduás-bandeira (Myrmecophaga tridactyla). Outra novidade foi o nascimento do primeiro filhote de mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus).

Pick-upau/Divulgação

Mas o CECFAU não pensou apenas em recintos adequados para a reprodução de espécies ameaçadas, a Fundação Parque Zoológico de São Paulo – FPZSP, também vislumbrou um centro onde pessoas e animais pudessem conviver em harmonia com a flora e para isso projetou-se um paisagismo ecológico que permitisse a criação de bem estar em cada um dos setores do CECFAU, fosse próximo aos recintos dos primatas, aves, mamíferos, felinos, ou nas áreas de circulação de pessoas e máquinas. Cada espécie arbórea e arbustiva foi escolhida de acordo com as características mais adequadas para cada desses espaços.

Pick-upau/Divulgação

Inaugurado em 2015, o CECFAU já apresenta também os primeiros resultados de seu paisagismo ecológico, desenvolvido e implantado pela Agência Ambiental Pick-upau, totalmente com indivíduos de espécies nativas como açoita-cavalo (Luehea divaricata), algodoeiro (Heliocarpus popayanensis), canafístula (Peltophorum dubium), capixingui (Croton floribundus), cebolão (Phytolacca dioica), coração-de-negro (Poecilanthe parviflora), ipê-roxo-sete-folhas (Handroanthus heptaphyllus), ipê-amarelo-de-casca-grossa (Handroanthus chrysotrichus), jurema (Chloroleucon tortum), mulungu (Erythrina speciosa), palmeira-jerivá (Syagrus romanzoffiana), pau-formiga (Triplaris americana), quina-de-são-paulo (Solanum pseudoquina), urucum (Bixa orellana), pata-de-vaca (Bauhinia forficata), até palmeira-licuri (Syagrus coronata), está última originária da caatinga brasileira, que foi plantada próxima ao recinto das araras-azul-de-lear (Anodorhynchus leari), uma das espécies mais ameaçadas do Brasil.

Pick-upau/Divulgação

 

Pick-upau/Divulgação

Sobre o Zoológico de São Paulo
Desde 1958 a Fundação Parque Zoológico de São Paulo proporciona entretenimento, desenvolve pesquisas e trabalha para a conservação das espécies mantidas em cativeiro, além de despertar a consciência ambiental da população por intermédio de suas três unidades: Zoológico, Zoo Safári e a Divisão de Produção Rural. Inserido no PEFI – Parque Estadual das Fontes do Ipiranga, um dos mais importantes segmentos remanescentes de Mata Atlântica da cidade de São Paulo, o Zoológico e o Zoo Safári acolhem algumas das nascentes do riacho do Ipiranga e abrigam dezenas de espécies da fauna nativa. Com uma área de aproximadamente 900.000 m², o Zoológico e o Zoo Safári, além de abrigar as espécies nativas mantém uma população com cerca de 3.000 animais, representados por inúmeras espécies de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e invertebrados. Dentre estes animais encontram-se espécies bastante raras e ameaçadas de extinção, como o gavial-da-malásia, três das quatro espécies de micos-leão (mico-leão-preto, mico-leão-de-cara-dourada e mico-leão-dourado), rinocerontes, dentre outros. Vinculado à Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, o Zoo recebeu, desde sua abertura, mais de 85 milhões de visitantes, atendendo por ano um público de mais de 1 milhão e 600 mil pessoas.

Pick-upau/Divulgação

Para manter todas as suas atividades, a Fundação conta com uma equipe de aproximadamente 400 funcionários efetivos, distribuídos nas áreas: técnica, administrativa e operacional, além de colaboradores nas categorias de estagiários, aprimorandos e voluntários. É com o esforço coordenado dessa equipe que a Fundação busca a conservação da fauna silvestre. Dentre estas áreas algumas são extremamente importantes para a manutenção da vida.
A Divisão de Veterinária que é composta principalmente por veterinários, tratadores, enfermeiros e técnicos de laboratório, é responsável pela saúde dos animais. A equipe desta área realiza vacinações, quarentenas, exames e cirurgias, além de atendimentos clínicos e odontológicos. Conta ainda com um programa de medicina preventiva. Na equipe da Divisão de Ciências Biológicas, subdividida nos setores de Aves, Mamíferos e Répteis, os biólogos são responsáveis pelo manejo reprodutivo, exposição e demais cuidados com as espécies mantidas em cativeiro.

Em conjunto com a equipe de biólogos e tratadores do parque, o PECA – Programa de Enriquecimento Comportamental Animal visa garantir o bem-estar dos animais. Para que haja eficiência no trabalho dos técnicos e garantia da saúde dos animais, uma dieta variada e equilibrada é muito importante. Por isso, o cardápio de cada um deles é elaborado por zootecnistas e biólogos e preparado cuidadosamente pela equipe do Setor de alimentação animal. Este setor recebe anualmente cerca de 1.500 toneladas de alimentos com excelente qualidade biológica e altos valores nutritivos, produzidos na Divisão de produção rural.
A pesquisa científica também faz parte do processo de evolução da Fundação, que tem parceria com a UNIFESP para detecção e prospecção de microorganismos de interesse biotecnológico em sua compostagem. Todo esse trabalho, que tem garantido a existência da Fundação, não teria sentido sem a educação ambiental. Por meio de seu Programa de Educação Ambiental e Inclusão Social, que aproxima a população dos trabalhos desenvolvidos pelas diversas áreas, o Zoológico busca despertar a consciência ecológica de seus visitantes, principalmente das crianças, em prol da conservação da biodiversidade. Fonte: Divisão de Educação e Difusão

Pick-upau/Divulgação

Sobre o CECFAU
Inaugurado em 2015, o CECFAU – Centro de Conservação de Fauna Silvestre do Estado de São Paulo foi concebido pelo Conselho Diretor e pelo corpo técnico da Fundação Parque Zoológico de São Paulo, e viabilizado exclusivamente com recursos financeiros próprios, arrecadados pela atividade de visitação do parque. Trata-se de um avançado centro de estudos voltado para o monitoramento ambiental, a preservação de amostras e a manutenção de recursos genéticos. O local escolhido como sede é uma área de 80 mil m², dentro da Fazenda do Zoo, em Araçoiaba da Serra/SP.
O projeto de infraestrutura do CECFAU segue diretrizes que priorizam a gestão ambiental sustentável e inclui em suas instalações áreas administrativas, de apoio técnico, de alimentação animal e um complexo de recintos adaptados para o manejo de diferentes espécies animais. Na área de treinamentos, concentra espaço equipado para realização de cursos, reuniões, palestras e eventos. As atividades operacionais estão segmentadas em espaços próprios, como escritórios, vestiários e depósito de suprimentos.
Com toda essa infraestrutura, o CECFAU encontra-se plenamente capacitado para cumprir com distinção seu principal papel: promover a conservação de espécies da fauna silvestre nativa ameaçada de extinção, por meio de pesquisas e programas integrados de conservação in situ e ex situ e da manutenção de indivíduos cativos geneticamente viáveis para programas de reintrodução e reforço das populações na natureza.
No campo da pesquisa, o laboratório de biologia molecular da Fundação permitirá ainda a criação de um banco genético de reserva, integrando equipes multidisciplinares, entidades ambientais e a comunidade científica.
Outro aspecto muito importante é o estímulo à educação ambiental das comunidades que vivem próximas às áreas onde o CECFAU desenvolve seu trabalho de campo. A preocupação dos técnicos envolve não apenas o estudo e a conservação da fauna local ameaçada, mas a conscientização da população sobre o importante papel que cada espécie desempenha no equilíbrio do meio ambiente.
Com a criação do CECFAU, toda a equipe da Fundação já comemora os resultados, às vezes intangíveis, como a conscientização das pessoas, outrora muito significativos, como as primeiras pesquisas ou mesmo um feito inédito e emocionante, como o nascimento do primeiro filhote de arara-azul-de-lear em cativeiro no Brasil.

Da Redação
Fotos: Pick-upau/Divulgação

 
 
 
 

 

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