CIENTISTAS DE VÁRIOS PAÍSES SE ENCONTRAM EM SP PARA DISCUTIR A POLUIÇÃO POR OZÔNIO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Março de 2001

São Paulo se inclui entre as cidades mais poluídas por ozônio, no mundo, ao lado de Los Angeles, Cidade do México e Tóquio. É por isso que a Secretaria Estadual do Meio Ambiente vai realizar o Seminário Internacional "O Ozônio como Poluente Atmosférico" no próximo dia 29 de março, das 9 às 18 horas, em seu auditório na Avenida Professor Frederico Hermann Jr., 345, Alto de Pinheiros, em São Paulo.

Entre os convidados para o seminário, destaca-se Emile De Saeger, diretor do Laboratório de Referência Européia de Poluição do Ar - ERLAP e pesquisador do Instituto do Meio Ambiente do Centro de Pesquisa da Comissão Européia, em Ispra. O papel do ERLAP é prover suporte técnico e científico para que a Diretoria Geral do Meio Ambiente desenvolva e implemente programas de qualidade do ar na Comissão Européia.

Outro convidado é Jeremy M. Halles, diretor e proprietário da Envair, uma associação independente dedicada a pesquisas e consultoria na área ambiental, além de coordenador do programa NARSTO, envolvendo os Estados Unidos, Canadá e México, para desenvolver a gestão conjunta da poluição regional e urbana na América do Norte.
Também estará presente o Victor Hugo Borja Aburto, do Centro Nacional de Saúde Ambiental do México.

Entre os cientistas brasileiros, participam o médico Paulo Hilário Saldiva, membro do Laboratório de Poluição Atmosférica Experimental da Faculdade de Medicina da USP, e o químico Cláudio Darwin Alonso, gerente do Departamento de Qualidade Ambiental da CETESB.

Concentração de ozônio ultrapassa os padrões na Grande São Paulo

O ozônio (O3) é o poluente que mais tem ultrapassado os padrões de qualidade do ar nos últimos anos. De acordo com os relatórios anuais da CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, a concentração de ozônio na Região Metropolitana de São Paulo aumentou significativamente a partir de 11000.

Durante o ano de 2000, essa concentração chegou a ultrapassar os padrões legais de qualidade do ar por 67 dias, e em 2001, só no mês de janeiro, esse índice excedeu os padrões por 16 dias.

O ozônio é um poluente secundário, não se originando diretamente das fontes, mas a partir da reação química entre hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio emitidos pelos escapamentos de veículos. Esses compostos químicos, sob a ação da luz solar, principalmente no período entre as 13 e 16 horas, dão origem ao ozônio.

Deve se ressaltar que o ozônio constitui um poluente tóxico, prejudicial à saúde, quando ocorre na faixa de atmosfera próxima ao solo (até 50 km de altura). Existem evidências de que o ozônio pode ter efeito sinergético com outros poluentes, potencializando os efeitos do dióxido de enxofre (SO2).

Efeitos na saúde

O ozônio é especialmente prejudicial ao pulmão, em concentrações de 200 a 400 microgramas por metro cúbico, superiores ao padrão de qualidade do ar estabelecido em lei, que é de 160 microgramas por metro cúbico, levando à diminuição da resistência orgânica às infecções respiratórias e à inflamação pulmonar.

Quem mais sofre com os efeitos desse gás são os idosos e as crianças, causando-lhes dores no peito, tosse, náusea, irritação na garganta, agravando os sintomas de bronquite e asma.

Os efeitos da exposição ao ozônio são sentidos com mais rigor durante a prática de exercícios físicos, podendo ocorrer uma sensível redução da capacidade respiratória. O ozônio causa ainda o envelhecimento precoce da pele.
Para reduzir a formação do ozônio, recomenda-se aos motoristas que abasteçam seus veículos nos postos de combustível no final da tarde ou à noite, quando os gases eliminados nessa operação, precursores do ozônio, não sofrem a ação da luz solar. Outra medida é exigir dos postos de gasolina a adoção de equipamentos protetores que impedem a emanação desses gases.

Fonte: SMA – Secretaria Estadual de Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Reportagem: Renato Alonso

 
 
 
 

 

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