IBAMA TEM PROJETO
PARA AUMENTAR A PRODUÇÃO DE PEIXES
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Março de 2001
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Produzir até 100
quilos de pescado por metro cúbico de água
em menos de dois anos, com retorno garantido oito vezes
superior ao aplicado, é a meta do projeto-piloto
"Aproveitamento de águas improdutivas para
criação de peixes em tanques/redes".
Trata-se de método não predatório
desenvolvido pelo Centro Nacional de Desenvolvimento Sustentado
das Populações Tradicionais do Ibama de
Rondônia para garantir o sustento das famílias
dos que vivem da pesca extrativa. O projeto, que está
sendo patenteado, pretende reduzir as fortes pressões
locais sobre os estoques pesqueiros ameaçados de
extinção, atendendo às necessidades
básicas das populações ribeirinhas
de Guajará-Mirim, Candeias do Jamari, e da reserva
Extrativista do Lago do Cuniã (RO).
Amparado no êxito do projeto experimental de Rondônia,
o presidente do Ibama, Hamilton Casara, pretende expandir
a tecnologia para toda a região Amazônica,
o Norte e o Nordeste do País, como alternativa
econômico-ecológica de grande relevância
para os pescadores extrativistas. Três projetos
no valor de R$ 2 milhões para instalação
de Usinas Produtivas de Criação de Tambaqui
e de Pirarucu em Tanques/rede, em Rondônia, foram
encaminhadas no final de janeiro pelo governador do estado
para aprovação do ministro do Meio Ambiente,
José Sarney Filho.
A expectativa do chefe do CNPT/RO, Emanuel Casara, é
implantá-los ainda esse semestre "como parte
do resgate da dívida social do governo estadual
para com os pescadores ribeirinhos". Ele ressaltou
que a criação de peixes em tanques-rede
proporciona às populações tradicionais
oportunidade única de sustentar suas famílias
com proteína de pescado. Além disto reduz
a pressão sobre os estoques pesqueiros naturais,
permitindo a recomposição dos cardumes da
rica bacia hidrográfica da região Amazônica.
Em parceria com as prefeituras municipais de Guajará-Mirim,
Candeias do Jamari, e da Resex do Lago do Cuniã,
a implantação das unidades produtivas garantirá
a produção de pescado com tamanho e peso
ideais para o mercado em apenas 21 meses, explicou Casara.
Fonte: MMA – Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa