SARNEY FILHO PEDE
QUE PREFEITOS IMPLANTEM A
AGENDA 21
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Março de 2001
|
 |
O ministro do Meio Ambiente,
José Sarney Filho, disse ontem que a participação
direta da sociedade é a maneira mais eficiente
de garantir êxito na implantação de
programas que garantam desenvolvimento social e econômico,
e preservação ambiental. Durante palestra
no 6º Congresso Brasileiro de Municípios,
Sarney Filho apontou a Agenda 21 - processo de planejamento
participativo que analisa a situação local
e propõe alternativas de desenvolvimento sustentável-
como o melhor mecanismo de planejamento e captação
de recursos financeiros. A Agenda 21 resultou da ECO 92.
"Quando a comunidade se vê comprometida com
o projeto de desenvolvimento de sua cidade, soluções
das mais diversas começam a aparecer. De mutirões
de bairros até a participação voluntária
de empresários na ajuda de custos, todos passam
a envolver-se a cada dia com as metas que estabeleceram
para seu futuro comum", destacou.
Segundo o ministro, não existe mais espaço
para tratar de meio ambiente sem que se trate, em primeiro
lugar, do bem-estar humano. Com a implantação
da Agenda 21, segundo o ministro, fontes de financiamento
federais e mesmo internacionais ficam mais disponíveis.
Sarney Filho informou que vários programas federais
e de instituições de crédito já
estão trabalhando com a metodologia da Agenda 21
local. Citou o Programa Farol do Desenvolvimento, do Banco
do Nordeste, os programas Comunidade Ativa, o de Fortalecimento
da Agricultura Familiar ( PRONAF) e o de Geração
de Emprego e Renda em Áreas de Pobreza (PRONAGER),
do governo federal, e o Programa Nacional de Municipalização
do Turismo, da Embratur.
"A Agenda 21 é um processo contínuo
que identifica problemas, aponta soluções
para eles, acompanha sua execução, avalia
seus resultados e refaz seu planejamento a todo o momento",
continuou.
Referindo-se à sua gestão à frente
do MMA, Sarney Filho destacou que tem procurado privilegiar
uma política de âmbito federal, cujas ações,
no entanto, tenham efeito direto sobre os municípios.
"Essa estratégia está baseada no entendimento
de que a qualidade ambiental nacional e mesmo global é
dependente das escolhas feitas em cada comunidade",
enfatizou. Lembrando que 80% da população
brasileira estão concentradas nos centros urbanos,
Sarney Filho informou ter determinado ao MMA a coordenação
de uma Agenda Marrom para o Brasil, que tratasse da prevenção
e da correção dos problemas ambientais causados
pelas atividades humanas nas cidades.
Sarney Filho disse que o MMA incentiva cada dia mais as
associações e consórcios entre municípios
vizinhos para a solução de problemas ambientais
de âmbito regional. "Entendemos que as questões
ambientais não respeitam fronteiras, sendo, por
este motivo, carentes do tratamento mais abrangente que
os consórcios podem proporcionar.", concluiu.
Fonte: MMA Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa