IBAMA PREPARA
DOCUMENTO SOBRE PLANTAS MEDICINAIS NO BRASIL
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Abril de 2001
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O Ibama deverá
publicar no mês que vem um relatório sobre
quatrocentas espécies de plantas medicinais nativas
e exóticas mais utilizadas e comercializadas no
Brasil. O levantamento trará os nomes popular e
científico, distribuição geográfica
e as partes das plantas que servem à medicina natural.
A publicação será a pioneira também
na organização dos dados sobre o comércio
nacional e internacional das plantas coletadas em todo
o país.
De acordo com a coordenadora do Projeto de Conservação
e Manejo de Plantas Medicinais, Suelma Ribeiro da Silva,
do Departamento de Vida Silvestre do Ibama, a Floresta
Amazônica é a maior fornecedora de plantas
para a produção de remédios e cosméticos.
Em segundo lugar estão as regiões de Mata
Atlântica e de Cerrado. Entres as espécies
mais procuradas destacam-se o ipê-roxo (cicatrizante),
o guaraná (estimulante), a espinheira-santa (digestivo),
o chapéu-de-couro (rins), o pau-rosa (perfumaria),
a arnica (ferimentos), a sucupira (infecções),
a andiroba (repelente) e a aroeira (estômago).
As informações que servirão de base
para o relatório foram coletadas junto a produtores,
farmácias de manipulação e exportadores
de plantas medicinais. "Algumas plantas de alto valor
medicinal já entrarão no catálogo
ocupando a lamentável posição de
espécie ameaçada de extinção",
afirmou Suelma Ribeiro, bióloga e mestra em botânica
pela Universidade de Brasília. Segundo ela, a eficácia
de várias plantas medicinais já está
comprovada cientificamente, como é o caso da espinheira-santa,
da carqueja e do guaraná.
A bióloga explicou que as plantas curativas são
largamente usadas no Brasil, país de forte tradição
rural, com uma das maiores biodiversidades do mundo. Para
os estudiosos, o catálogo trará as referências
bibliográficas existentes sobre cada uma das plantas
que compõem o levantamento. "Esperamos que
a publicação do catálogo possa estimular
novas pesquisas que comprovem o uso já consagrado
de várias espécies", concluiu Suelma.
Fonte: MMA – Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa