LÂMPADA
FLUORESCENTE É TEMA DE DEBATE NO MMA
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Abril de 2001
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No Brasil, cerca de 40
milhões de lâmpadas fluorescentes são
lançadas anualmente no mercado, mas apenas dois
milhões são recicladas. As lâmpadas
fluorescentes contêm mercúrio, substância
tóxica que, além de contaminar o meio ambiente,
pode afetar o sistema nervoso do ser humano. A informação
é do presidente da empresa paulista Apliquim, Cyro
do Valle, que recicla as lâmpadas fluorescentes,
e que fez ontem palestra para técnicos do Ministério
do Meio Ambiente. "A nossa empresa realiza a descontaminação
de apenas 5% deste total. O resto vai para o meio ambiente
onde contamina o solo, a água e o ar. No ser humano
ataca o sistema nervoso central", informou.
Cerca de 850 empresas no país enviam as lâmpadas
fluorescentes para serem descontaminadas na Apliquim-Tecnologia
Ambiental, em Paulínia (SP), licenciada pelo Ibama
e pela Cetesb. Segundo Valle, a indústria recicla
todo o material, evitando o uso de incineradores e aterros
sanitários. O vidro é transformado em esmalte
para lajotas; o mercúrio é vendido para
empresas que utilizam a substância nos produtos;
e o alumínio vai para metalúrgica. "As
empresas que mandam suas lâmpadas para nós
recebem um certificado atestando que o mercúrio
foi reciclado", disse.
De acordo com Vale, o trabalho de descontaminação
de lâmpadas que contêm mercúrio realizado
pela Apliquim é pioneiro no Brasil. Ele informou
que países como a Alemanha, Suécia, Suíça
e Holanda também realizam a reciclagem e o tratamento
de resíduos tóxicos. A Apliquim utiliza
o sistema de retortagem a vácuo, que possibilita
a extração total do mercúrio contido
nos resíduos e assegura a destinação
dos resíduos tratados para a reciclagem.
Segundo ele, apenas o estado do Rio Grande do Sul tem
uma lei específica para as lâmpadas fluorescentes,
que proíbe que elas sejam descartadas no lixo.
Além das lâmpadas fluorescentes, também
contêm mercúrio os termômetros, barômetros,
colunas de medição de pressão diferencial,
pilhas e baterias, retificadores de corrente elétrica,
entre outros.
Fonte: MMA – Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa