IBAMA ELABORA
PLANO DE MANEJO EM
UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA CAATINGA
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Maio de 2001
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O Ibama concluirá,
ainda este ano, os planos de manejo de três unidades
de conservação criadas para proteger a Caatinga.
A Caatinga é um dos biomas brasileiros mais ameaçados
pela devastação e pelo avanço da
fronteira agrícola. Entre as unidades contempladas
com o trabalho do Ibama estão os parques nacionais
da Serra da Capivara e da Serra das Confusões,
no Piauí, e a Reserva Ecológica Raso da
Catarina, na Bahia.
O plano de manejo é um instrumento da gestão
ambiental que visa a conservação dos recursos
naturais, a pesquisa científica e a educação
ambiental em áreas protegidas. Além da proteção
dos ecossistemas ameaçados, essas três unidades
de conservação – que terão os planos
de manejo elaborados ou revistos pelos técnicos
do Ibama – possuem características especiais.
O Parque Nacional da Serra da Capivara, no Piauí,
criado em 1979 para preservar uma grande diversidade de
fauna e flora típicas da Caatinga, tem fama internacional
devido aos sítios arqueológicos que se encontram
em seus 100 mil hectares de área. De acordo com
a antropóloga Niéde Guidón, o parque
recebe anualmente turistas de várias partes do
mundo que vão em busca das inscrições
rupestres e dos vestígios pré-históricos
datados em cerca de 30 mil anos. O parque possui um plano
que será ampliado para garantir o manejo adequado
dos recursos naturais da Caatinga e do turismo científico
no local, considerado de grande beleza estética.
O Parque Nacional da Serra das Confusões, com 502
mil hectares, localizado a 39 quilômetros da Serra
da Capivara, também abriga sítios arqueológicos
de relevante interesse científico. O plano de manejo
do parque conterá um amplo diagnóstico da
área, o estabelecimento das zonas de utilização
e a criação de áreas de atividades
específicas, bem como o ordenamento e a visitação.
A Reserva Biológica Raso da Catarina, no sertão
da Bahia, também está sendo analisada para
a formulação do plano de manejo da área,
caracterizada por grande diversidade natural. Uma das
araras mais ameaçadas do planeta, a arara-azul-de-lear
(Anodorhynchus leari) encontra nessa região o local
preferido de alimentação, cuja base são
os cocos da palmeira do licuri, espécie nativa
do lugar.
Fonte: MMA – Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa