MORADORES DE PERUS
COMEMORAM INDEFERIMENTO DE PEDIDO DE INSTALAÇÃO
DE ATERRO SANITÁRIO
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Junho de 2001
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Cerca de 250 pessoas,
entre moradores, líderes do bairro, sindicalistas
e vereadores da região de Perus, estiveram reunidas
na noite do dia 12 de junho para ouvir do secretário
estadual do Meio Ambiente, Ricardo Tripoli, a informação
sobre o indeferimento do pedido de licenciamento do Aterro
Bandeirantes.
A notícia foi recebida com grande euforia pelos
participantes do movimento que lutava contra a instalação
do aterro sanitário e industrial nesse bairro,
que deveria receber lixo doméstico, além
de resíduos industriais classe II e III (inertes
e não inertes). Houve muitos aplausos, e até
queima de fogos, quando Ricardo Tripoli explicou que os
estudos técnicos desenvolvidos pela Secretaria
concluíram pela não concessão da
licença do empreendimento proposto pela ECOLAR
- Ecologia, Ambiente e Resíduos LTDA.
Segundo Tripoli, a decisão foi tomada com base
em uma avaliação técnica rigorosa,
mas levou também em consideração
as manifestações contrárias da população
da região. O secretário destacou a transparência
das ações da atual administração
e atribuiu esta "postura de compromisso com a população
como um legado do governador Mário Covas, que está
tendo continuidade na gestão de Geraldo Alckmin".
O parecer técnico que será publicado no
Diário Oficial do Estado, conclui que "a área
não apresenta capacidade para recepcionar o empreendimento,
sendo indeferido o pedido de Licença Prévia".
Para chegar a esta conclusão, os técnicos
da Secretaria Estadual do Meio Ambiente se apoiaram no
Relatório Ambiental Preliminar - RAP, exigido no
decorrer do processo.
Entre os principais aspectos que conduziram a essa decisão
destacam-se a proximidade do terreno com áreas
urbanizadas; alterações das condições
hidrogeológicas e hidrológicas da região;
canalização de parte do Córrego das
Laranjeiras, que poderia provocar inundações
na zona urbana de Perus; supressão e interferência
em Área de Preservação Permanente,
na várzea do Rio Juqueri, e a presença de
animais ameaçados de extinção no
local que seria ocupado pelo empreendimento.
Fonte: SMA – Secretaria Estadual de
Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Reportagem: Eli Serenza
