RONDÔNIA TERÁ PRIMEIRA USINA DE BRIQUETES
DO IBAMA PARA PRODUÇÃO DE ENERGIA DA BIOMASSA VEGETAL

Panorama Ambiental
Brasília (DF) Brasil
Junho de 2001

Pimenta Bueno será o primeiro município de Rondônia a construir uma usina de compactação de briquetes de alta densidade e qualidade - produzidos a partir do lixo madeireiro (pó de serra e pedaços descartados nas serrarias), para geração de energia elétrica de baixo impacto ambiental proveniente da biomassa vegetal. O modelo foi desenvolvido pelo pesquisador do Laboratório de Produtos Florestais do Ibama, Waldir Ferreira Quirino, para aproveitar resíduos na substituição da lenha convencional usada nas termelétricas. O Protocolo de Intenção será assinado hoje (29) pelo presidente do Ibama, Hamilton Casara, e a prefeita Maria Inês Baptista da Silva Zanol, às 14h, no Parque Clube Apidiá.

O processo desenvolvido pelo pesquisador do LPF/Ibama transforma resíduos de baixíssima qualidade em briquetes de alta densidade. Ao compactar o lixo vegetal entre cinco a seis vezes, a quantidade de energia também aumenta na mesma proporção gerando grande economia. O protótipo do Ibama produz duzentas vezes mais energia do que o consumido para fabricar uma tonelada de briquetes. Os resíduos briquetados são secos e equivalem a lenha de elevada densidade e forma homogênea, permitindo a mecanização para alimentar os equipamentos. Sua densidade facilita a estocagem e amplia o raio econômico de transporte, viabilizando técnica e financeiramente sua utilização como fonte de energia alternativa, explicou o chefe do LPF/Ibama, Marcus Vinícius.
A usina fabrica uma tonelada de briquetes/h e gera 600 kWh, ou 3.600 kWd, a um custo final de US$ a tonelada. Ou seja, por apenas R$ 0,60 - o preço de um quilo de briquete compactado, produz-se 3,3 kWh de energia. Isto significa que 30 quilos dos briquetes do LPF/Ibama são suficientes para abastecer uma residência com 100 kWh/mês de luz elétrica convencional - de fonte hidráulica. As 25 serrarias e as 15 indústrias moveleiras de Pimenta Bueno produzem cerca de 1.800 metros cúbicos de resíduos madeireiros/mês que, a exemplo do restante do País não são aproveitados, ao contrário dos países europeus. Marcus Vinícius reconhece que pouco se investe no Brasil na co-geração de energia a partir da biomassa vegetal por falta de conhecimentos tecnológicos, linhas de crédito, e subsídios. Ele informou que a instalação completa da usina com assistência do Ibama leva três meses, e custa cerca de R$ 120 mil.

Segundo Waldir Quirino, a compactação facilita o aproveitamento, o transporte e a estocagem dos briquetes, viabilizando-os para geração de energia ecologicamente correta em qualquer parte do País, pois elimina as maiores dificuldades brasileiras para a utilização dos resíduos madeireiros: a baixa densidade e a dispersão geográfica. Cálculos do LPF/Ibama estimam que até o produto final são desperdiçados cerca de oitenta por cento da madeira, transformados em resíduos durante os processamentos primários - nas serrarias; e, secundário - nas fábricas. Esta montanha de lixo causa sérios problemas ambientais - emissão de gases poluentes, contaminação das águas e morte de peixes e da biodiversidade ao ser queimada a céu aberto simplesmente para desocupar espaço, jogada nos rios ou usada como aterro para aumentar suas margens, sustentam os especialistas do LPF.

É grande o desperdício de madeira nas serrarias brasileiras, sem qualquer aproveitamento. O chefe do LPF/Ibama sustenta que os cerca de 50 milhões de metros cúbicos de madeira em tora extraídos em 2000 na região Amazônica produziram apenas 20 milhões de metros cúbicos de madeira serrada. Do total, 60 por cento foram desperdiçados nas serrarias durante o processamento primário, gerando 18 milhões de toneladas de resíduos. Outros 20 por cento perdem-se no processamento secundário durante a fabricação dos produtos finais. Todo este lixo madeireiro tem potencial e pode ser transformado em energia elétrica alternativa, ecologicamente correta.

Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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