WORKSHOP SOBRE
MEIO AMBIENTE REÚNE PROFISSIONAIS DE COMUNICAÇÃO
DO VALE DO PARAÍBA E LITORAL
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Junho de 2001
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A questão ambiental
desperta grande interesse entre jornalistas, publicitários
e relações públicas. Isso é
o que mostra o I Workshop sobre Meio Ambiente para Profissionais
de Comunicação da Região do Vale
do Paraíba e Litoral Norte, promovido pela Secretaria
Estadual do Meio Ambiente nos dias 28, 29 e 30 de maio,
em São José dos Campos.
Com um total de 290 participantes inscritos, que lotaram
o auditório do CEPLADE, da Universidade do Vale
do Paraíba - UNIVAP, foram discutidos problemas
relacionados com ar, água e solo. O evento foi
aberto pelo secretário do Meio Ambiente, Ricardo
Tripoli, que falou da importância do trabalho dos
profissionais de comunicação na conscientização
da sociedade quanto às questões de preservação
e recuperação ambiental.
A solenidade contou, ainda, com a presença do professor
Batista Gargione, da UNIVAP, e Eduardo Sinimbalista, diretor-executivo
da TV Vanguarda Paulista, que colaboraram na realização
do evento. Estavam presentes também Mário
Luiz Alves, gerente regional da CETESB - Companhia de
Tecnologia de Saneamento Ambiental em Taubaté,
coronel Marcondes, da Polícia Florestal e de Mananciais,
e Claudio Savaget, diretor do programa Globo Ecologia.
As palestras
O químico Edson
Haddad, gerente da Divisão de Tecnologia de Riscos
Ambientais da CETESB, fez uma explanação
conceitual sobre acidentes ambientais, mostrando as causas
mais comuns, as conseqüências para o meio ambiente
e as formas de prevenção.
No Vale do Paraíba, segundo o técnico, estudos
de análise de riscos são incorporados nos
processos de licenciamento ambiental de unidades potencialmente
geradoras de acidentes ambientais. São os casos
de dutos da Comgas, nos municípios de Guararema,
Caçapava, Taubaté, Pindamonhangaba, Lorena
e Cruzeiro, e da Petrobras, ligando Guararema a Paulínia,
São Paulo e Rio de Janeiro.
Há ainda a refinaria e o terminal da Petrobras,
respectivamente, em São José dos Campos
e São Sebastião, as envasadoras de gás
liquefeito de petróleo e outras.
A analista da Agência Ambiental de Taubaté,
Maria Judith M. Salgado Schmidt, falou sobre a qualidade
das águas no Vale do Paraíba e Litoral Norte,
que concentram uma população de 1.925.000
habitantes nos três municípios da Bacia do
Mantiqueira, 34 do Paraíba do Sul e quatro do Litoral
Norte.
A região conta com 991 quilômetros de rios,
onde se encontram instaladas 2.411 indústrias,
das quais 23 são consideradas prioritárias
por poluição das águas, 15 por poluição
do ar e 14 por poluição do solo. Segundo
Judith, a carga orgânica potencial de origem doméstica
é da ordem 95,2 toneladas de DBO (Demanda Bioquímica
de Oxigênio) por dia.
Com uma redução de 28%, restam uma carga
remanescente de 68,5 ton de DBO/dia. São José
dos Campos gera 30% da carga da bacia, devendo reduzi-la
significativamente com a inauguração da
Estação de Tratamento de Esgotos Lavapés,
somando-se às quatro que já se encontram
em operação.
Houve ainda as palestras de João Batista Baitello,
diretor da Divisão de Dasonomia do Instituto Florestal,
ecologia geral, ecossistema e biodiversidade; Francisco
Thomas Van Acker, assessor institucional da Secretaria
do Meio Ambiente, sobre legislação ambiental,
conflitos entre desenvolvimento econômico e meio
ambiente, licenciamento ambiental; Claudio Darwin Alonso,
sobre qualidade do ar, fontes de poluição,
poluentes, inversão térmica e monitoramento
da qualidade do ar; João Antonio Fusaro, assistente
da Diretoria de Controle da Poluição Ambiental
da CETESB, sobre resíduos sólidos e poluição
do solo; Rodrigo César de Araújo Cunha,
gerente do Grupo de Ações Preventivas da
Diretoria de Controle da Poluição Ambiental
da CETESB, áreas contaminadas; e Frederic Stibler
Couto, consultor da Secretaria do Meio Ambiente e da CETESB,
sobre sensoriamento remoto, sistemas de informações
e tecnologias de bancos de dados, espectroscopia com instrumentos
aero-transportados e sistemas de informações
geográficas, para uso em planejamento, prevenção
de queimadas e desmatamentos.
Fonte: SMA – Secretaria Estadual de
Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Reportagem: Priscilla Sampaio