MANAUS TERÁ
MAIOR CENTRO DE BIOPROSPECÇÃO DO
MUNDO
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Outubro de 2001
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O ministro do Meio Ambiente,
José Sarney Filho, anunciou ontem , em Manaus,
que os laboratórios do Centro de Biotecnologia
da Amazônia (CBA) serão inaugurados em março
de 2002 e, com isto, Manaus poderá se transformar
no maior centro de bioprospecção do mundo,
em razão do volume da biodiversidade brasileira.
"O uso econômico das florestas e seus produtos
é uma alternativa inequívoca ao desmatamento,
uma vez que incorpora os recursos da biotecnologia e a
exploração sustentável", disse
o ministro, destacando que o mercado para estes produtos
está em expansão.
Sarney Filho esteve em Manaus para a assinatura de termo
de cooperação técnica com o governo
do Amazonas para incentivar a constituição
de pólos de bioindústrias. Ele informou
que já foram cadastrados e contatados cerca de
80 grupos de pesquisas interessados em participar do programa,
atuando em áreas como química de produtos
naturais, bioquímica, biologia molecular, microbiologia,
farmacologia, agronomia e engenharia genética.
"O CBA irá comandar uma rede nacional de laboratórios
de referência e de grupos de pesquisadores que se
dedicam a pesquisas sobre a biodiversidade amazônica,
atuando em diversas áreas da biotecnologia",
disse Sarney Filho.
O ministro destacou que o CBA irá potencializar
o que já existe no país, em termos de bioprospecção,
dando ênfase às pesquisas que têm apontado
aproveitamento industrial de curto e médio prazos
nas áreas de produtos farmacêuticos (antibióticos,
drogas anti-neoplásicas, substâncias anti-hipertensivas,
substâncias neuro-ativas e imunomoduladores) e de
produtos diversos, como materiais para cosméticos,
corantes naturais, aromatizantes, óleos essenciais,
polímeros biodegradáveis, feromônios,
bioinseticidas seletivos e enzimas de interesse biotecnológico.
O CBA é parte do Programa Brasileiro de Ecologia
Molecular para o Uso Sustentável da Biodiversidade
da Amazônia (Probem da Amazônia). Um de seus
objetivos é integrar, ao seu funcionamento, as
comunidades tradicionais locais (especialmente as extrativistas
e as indígenas), envolvendo-as, mediante contratos,
nas atividades de identificação e coleta
de produtos da flora e da fauna regionais.
Fonte: MMA – Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa