IBAMA DESENVOLVE
E DISPONIBILIZA TECNOLOGIAS
PARA USO RACIONAL DA MADEIRA
Panorama Ambiental
Brasília (DF) Brasil
Novembro de 2001
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Pesquisadores do Laboratório
de Produtos Florestais do Ibama colocam 30 anos de experiências
à disposição do empresariado para
o uso racional da madeira e seus resíduos
Pesquisadores do Laboratório de Produtos Florestais
do Ibama – os mais renomados PHDs do país - estarão
colocando à disposição do empresariado
e dos órgãos governamentais, a partir desta
segunda (09/11), todas as tecnologias desenvolvidas ao
longo de trinta anos para a valorização
da madeira: utilização integral do produto
seus resíduos. São noções
básicas e técnicas inventadas pelos próprios
pesquisadores do LPF/Ibama destinadas ao uso sustentável
dos recursos florestais: como evitar o desperdício
e viabilizar a utilização do lixo madeireiro
(pó de serragem e pequenos pedaços deixados
nas serrarias durante o processamento). Eles ensinarão
como tratar e utilizar adequadamente os produtos florestais
para garantir sua perenidade às futuras gerações.
Com esta finalidade começa a partir de segunda-feira
(05 a 08/11), pelo município de Sinop, em Mato
Grosso, o primeiro de uma série de quatorze cursos
para capacitar 420 agentes multiplicadores em valorização
da madeira e seus resíduos - uma parceria do Laboratório
de Produtos Florestais do Ibama com a Secretaria de Qualidade
Ambiental do ministério do Meio Ambiente, tendo
como diretriz o programa Brasil Joga Limpo, do MMA.
Até o final do ano serão realizados outros
dois cursos na região Norte: em Macapá –
de 27 a 30/11, e em Ouro Preto do Oeste, em Rondônia
– de 03 a 07/12. No início do próximo ano,
o MMA/LPF/Ibama esperam concluir os cursos na Amazônia
e estendê-los às demais regiões do
País. Com duração de 23h – de 05
a 08/11, a abertura do curso com trinta vagas, em Sinop/MT,
será domingo (4/11), às 20h, no auditório
da OAB.
Coordenados pelo PHD em Valorização Energética
de Resíduos do LPF/Ibama, Waldir Ferreira Quirino,
e Paulo Brum Ferreira, da Secretaria de Qualidade Ambiental
do ministério do Meio Ambiente, os cursos pretendem
repassar aos madeireiros, sindicatos, órgãos
estaduais e municipais ligados ao setor toda a tecnologia
para agregar valor aos produtos florestais. Uma delas
é a construção de usinas para a fabricação
de briquetes compactados de alta densidade e qualidade
que poderão ser usados na geração
de energia de baixo impacto ambiental proveniente da biomassa
vegetal.
O trabalho que o LPF estará repassando aos madeireiros,
moveleiros, técnicos das secretarias estaduais
de Meio Ambiente, Agricultura, Indústria e Comércio,
Sebrae, Senai, Emater, sindicatos, associações
e cooperativas agro-florestais, visa o desenvlvimento
de novos processos de exploração e do aproveitamento
integral da madeira, as alternativas mais viáveis
de produção e de consumo e, até mesmo,
a redefinição de produtos tradicionais.
Os especialistas do LPF mostrarão que é
possível substituir madeiras nobres e em risco
de extinção por outras espécies menos
conhecidas, porém com a mesma durabilidade, permeabilidade,
e visual. Entre elas estão o acapu, o morototó,
a muirapiranga, o louro-faia, entre outras tantas encontradas
na região Amazônica.
As tecnologias disponíveis no LPF envolvem o processamento
da madeira: secagem, tratamento preservativo, novas aplicações
do produto, fabricação de painéis,
compostos, e até amianto proveniente do lixo madeireiro.
Os especialistas do LPF desenvolveram pesquisas sobre
a utilização estrutural de madeiras e de
produtos compostos em habitações, permitirão
o aproveitamento de espécies relegadas e de resíduos
em materiais de acabamento.
Energia
O LPF tem à disposição
toda a tecnologia para a geração de energia
alternativa e armazenável, proveniente da biomassa
vegetal, com ênfase na utilização
de briquetes compactados em usina desenvolvida por Waldir
Quirino. Para a secagem da madeira também foi desenvolvida
uma estufa simples e barata pelo pesquisador Varlone Alves,
que poderá substituir a dispendiosa e perigosa
caldeira convencional a vapor.
O chefe do LPF/Ibama, Marcus Vinícius, desenvolveu
pesquisas para a preservação e o uso correto
da madeira. São os cemitérios de madeira
– no solo e no mar. As espécies são enterradas
e/ou submersas por um certo tempo para determinar a durabilidade,
a resistência aos microorganismos, o tratamento
adequado, permitindo ao laboratório indicar o uso
correto do produto para cada empreendimento, evitando
desperdícios.
Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de imprensa