PESQUISA REVELA
RELAÇÃO ENTRE PRAIAS POLUÍDAS
E DOENÇAS GASTROINTESTINAIS
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Dezembro de 2001
|
 |
Os resultados de um estudo
epidemiológico realizado nas praias do Litoral,
comparando a incidência de doenças gastrointestinais
à balneabilidade das praias, foram apresentados
pelos técnicos do Setor de Águas Litorâneas
da CETESB, durante o Seminário sobre Balneabilidade,
realizado no dia 6 de dezembro, no Mendes Plaza Hotel,
em Santos.
A pesquisa, realizada nos meses de janeiro e fevereiro
de 1999, durante cinco finais de semana consecutivos,
apontou que o grupo de pessoas expostos à água
do mar manifestou mais sintomas de doenças comparado
ao não exposto ( que não entrou no mar).
As crianças com menos de 7 anos também constituem
o grupo mais suscetível a manifestação
de sintomas de agravo à saúde, enquanto
que os adultos formam o grupo mais resistente. Nas praias
mais poluídas e que ficaram por mais tempo impróprias,
a ocorrência de sintomas foi maior.
Segundo Claudia Lamparelli, gerente do Setor de Águas
Litorâneas, "a pesquisa serviu, basicamente,
para confirmar que existe, de fato, relação
direta entre poluição das praias e a incidência
de doenças", observou. Foram entrevistadas
cerca de 24 mil pessoas. Destas, foram constatadas posteriormente
por telefone 17 mil, que responderam a perguntas específicas
elaboradas pelos técnicos. Após a tubulação,
chegou-se também a conclusão que 7,9% dos
entrevistados entram na água mesmo quando ela está
imprópria e que o jornal impresso é a principal
fonte de informação sobre balneabilidade
das praias. As bandeiras de sinalização
que a CETESB coloca nas praias foram citadas por 17,2%
dos entrevistados. Os parâmetros microbiológicos
utilizados na avaliação da balneabilidade
foram coliformes fecais, e.colli, enterococos e bacteriófagos.
Após a apresentação dos resultados
do estudo epidemiológico, representantes das prefeituras
do Litoral presentes ao encontro, passaram a discutir
a melhor forma de comunicar ao turista sobre os riscos
de se tomar banho de mar em águas poluídas.
Ester será um trabalho intensificado durante o
próximo verão, quando aumenta consideravelmente
o número de banhistas e, principalmente a geração
de esgoto nas cidades litorâneas.
Fonte: SMA – Secretaria Estadual de
Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Reportagem: Renato Alonso