SARNEY FILHO PARTICIPA
DE REUNIÃO MUNDIAL SOBRE OCEANOS
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Dezembro de 2001
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O ministro do Meio Ambiente,
José Sarney Filho, afirmou ontem, em Paris, na
abertura da Conferência Internacional "Oceanos
e Costas na Rio + 10", que a ordem econômica
mundial dos últimos 10 anos foi contrária
aos esforços dos países em desenvolvimento
pela adoção da sustentabilidade. "A
fadiga dos países ricos com relação
à cooperação internacional tem sido
notória e, em matéria de oceanos e zonas
costeiras, pouquíssimas iniciativas têm sido
objeto de apoio", disse o ministro.
Para Sarney Filho, reverter este quadro é o maior
desafio da Rio+10, reunião mundial que será
realizada em setembro de 2002, em Johanesburgo. Ele ressaltou
que apenas com reforço dos recursos destinados
à preservação ambiental e à
construção de um modelo de desenvolvimento
sustentável será possível fazer frente
ao passivo ambiental acumulado. "O crescimento econômico,
baseado em uma visão de longo prazo, que integre
plenamente a dimensão ambiental e traga ganhos
sociais, requer um financiamento contínuo e estável,
capaz de recuperar os passivos ambientais acumulados e
de enfrentar novos desafios no futuro", enfatizou
o ministro.
Na opinião de Sarney Filho, a falta de apoio dos
organismos internacionais está dificultando a gestão
integrada dos recursos naturais. Apesar dos esforços
que o Brasil está empreendendo para superar antigos
paradigmas e estabelecer a gestão integrada dos
recursos ambientais, segundo o ministro, essa diretriz
ainda é desconsiderada pelos organismos multilaterais
de financiamento.
O ministro destacou que a agenda ambiental dos mares e
oceanos tem estreita relação com a agenda
ambiental urbana dos países em desenvolvimento.
"Os oceanos guardam cerca de 80% da biodiversidade
do planeta", prosseguiu.
Segundo Sarney Filho, o governo brasileiro espera que,
reagindo à atual conjuntura mundial de degradação
ambiental, social e política, a Rio + 10 abra um
novo espaço de negociação, em que
sejam tomadas atitudes mais concretas em busca do desenvolvimento
sustentável.
Fonte: MMA – Ministério do Meio
Ambiente (www.mma.gov.br)
Assessoria de imprensa