WWF RECOMENDA ESTUDO COMPLETO SOBRE
GASODUTO URUCU-PORTO VELHO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Março de 2002

Estudo mais aprofundado precisa ser feito antes da aprovação da obra do gasoduto Urucu-Porto Velho

O WWF-Brasil, organização brasileira autônoma sem fins lucrativos, dedicada à conservação do meio ambiente e promoção do desenvolvimento sustentável, defende a exigência de um estudo mais aprofundado sobre os impactos ambientais e sociais do gasoduto Urucu-Porto Velho para que o Ibama possa decidir sobre o licenciamento ou não da obra. Essa posição foi defendida também por mais de 20 outras organizações da sociedade civil (ambientalistas, movimentos sociais, sindicatos e outras) presentes na quinta e última audiência pública sobre a obra, concluída às 5h da madrugada de quarta-feira (6/3), em Porto Velho (RO), no auditório lotado por cerca de 300 pessoas no Rondônia Palace Hotel. Entre as organizações presentes, destacou-se também a atuação de Amigos da Terra, que acompanha de perto e desde o início esse caso, bem como dos parceiros do WWF em Rondônia, como Cunpir e Ecoporé, entre outros.

O EIA-RIMA apresentado pela Petrobras foi desqualificado pelo WWF e as outras organizações presentes à audiência porque baseia-se num trabalho de campo superficial, de apenas 27 dias, ignorando o ciclo anual que regula as chuvas na Amazônia, com duas estações bem definidas - a cheia e a seca - , bem como outros fatores essenciais para uma real avaliação dos impactos ambientais e sociais decorrentes da obra. Outra crítica levantada foi a ameaça aos direitos de populações tradicionais, incluindo povos indígenas sem terra demarcada e até mesmo sem contato com a civilização brasileira.

“O WWF-Brasil não é contrário à utilização do gás natural para o desenvolvimento do Estado de Rondônia, mas os estudos realizados são insuficientes para assegurar o bom planejamento da obra e o mínimo de impacto”, diz Leonardo Lacerda, Superintendente de Conservação do WWF-Brasil. “O WWF defende o desenvolvimento com planejamento para o ordenamento territorial e alerta para a necessidade de ser feita uma avaliação completa dos impactos – sobretudo os indiretos - , conforme exige a lei. Para evitar os impactos indiretos indesejados, o projeto deve seguir o exemplo do processo de pavimentação de trecho da BR-364 (“Estrada Verde”) no Acre, em que o Estado está trabalhando para a criação de um mosaico de áreas protegidas ao longo da estrada para evitar a ocupação desordenada”, cita Lacerda.

O WWF-Brasil recomenda que o novo estudo do gasoduto Urucu-Porto Velho atenda aos seguintes pontos:
- Realização de um trabalho de campo com duração de no mínimo 12 meses para abranger o ciclo inteiro das chuvas na região.
- Análise mais detalhada dos impactos econômicos, ambientais e sociais diretos e indiretos, com um elenco de medidas mitigadoras e compensatórias que assegurem o ordenamento territorial da área de entorno da obra.
- Exame de outras alternativas para o desenvolvimento energético do estado, como, por exemplo, outras modalidades para o transporte do gás natural, a utilização do gás da Bolívia extendendo o gasoduto extendendo o gasoduto ao longo da estrada BR-364 já existe desde Cáceres (MT) até Porto Velho, ou a implementação dos planos de construção de hidrelétricas já propostos.
- Estudo do potencial madeireiro da área bem como outros fatores que possam favorecer a ocupação e exploração ilegal das terras ao longo dos dutos. Os 522 km a serem abertos para a passagem gasoduto Urucu-Porto Velho não podem ser utilizados como frente de expansão da fronteira de atividades desordenadas e predatórias, principalmente madeireiras.

Fonte: WWF-Brasil (www.wwf.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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