GLOBALIZAR A INFORMAÇÃO: CAMINHO PARA O CONTROLE E GESTÃO DA POLUIÇÃO CAUSADA PELOS SEDIMENTOS DO PORTO DE SANTOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Abril de 2002

No primeiro dia do Seminário sobre Gerenciamento do Sedimento na Baixada Santista, iniciado na segunda-feira (15/4), devendo se estender até 17 de abril, no auditório da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, em São Paulo, uma das opiniões unânimes entre os participantes foi a de que a globalização das informações é um dos caminhos para solução definitiva na gestão dos sedimentos dragados nos portos.

Essa idéia foi enfocada logo na abertura do evento, pelo presidente da CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, Dráusio Barreto, que citou a importância do Porto de Santos, como um canal de desenvolvimento econômico do país, por onde, somente no ano passado, passaram 13 milhões de toneladas de açúcar e soja para exportação, mas, que ao mesmo tempo representa um passivo de poluição ambiental.

"Os sedimentos da Baixada Santista, oriundos de todas as nacionalidades, representa um problema ambiental globalizado, que requer a interação da melhor tecnologia mundial com a nossa vontade política de implementar um desenvolvimento sustentável", afirmou Dráusio Barreto.

A gerente da Regional da Baixada Santista da CETESB, Maria da Penha de Oliveira Alencar, destacou em sua palestra as várias ações que a agência ambiental vem praticando, desde 1972, para minimizar e conter os problemas ambientais causados pelos sedimentos portuários.

Desde 1995, estima-se que foram dragados 23 milhões de m3 de sedimentos na área portuária de Santos. A atividade foi embargada em dezembro de 1997 pela CETESB, por se desconhecer a extensão da contaminação dos sedimentos. Em janeiro de 1998, em conjunto com a Capitania dos Portos, Instituto de Pesca e Ministério Público, a CETESB liberou a dragagem, mantendo-se a suspensão da atividade na Ilha Barnabé e no Canal da Alemoa, onde se constatou concentração elevada de benzo-a-pireno, um poluente de origem orgânica com ação carcinogênica.

Segundo a técnica da CETESB, em dezembro de 1998, foi liberada a dragagem também nessas duas áreas, após estudos sobre as correntes marinhas e dispersão dos sedimentos na Ponta do Monduba, onde o material passou a ser depositado, pois a área de disposição anterior, a Ilha da Moela, não era adequada por propiciar a migração dos poluentes para a Praia do Guaiúba, no Guarujá.

Hoje, estima-se em cerca de 5 milhões de m3 o volume de material sedimentado no canal do Porto de Santos, havendo autorização para dragagem em dois pontos na entrada da barra e na área dos armazéns do corredor de exportação.

Diante dessa realidade, a CETESB levou a campo inúmeros de seus técnicos, que levantaram, por meio de coletas, em diversos pontos, as concentrações de vários poluentes em organismo aquáticos, sedimentos e águas.

Também foram solicitados à CODESP - Companhia Docas do Estado de São Paulo e COSIPA - Companhia Siderúrgica Paulista estudos que avaliassem a extensão da contaminação, com a caracterização dos sedimentos, no local de lançamento do material dragado no porto.

Buscando respostas

Com a realização do seminário, os participantes, representantes de empresas, universidades e Promotoria Pública, entre outros, pretendem encontrar respostas para diversas questões, como classificação dos sedimentos segundo o seu grau de contaminação, recuperação dos mesmos e tecnologias disponíveis, impacto da dragagem no meio ambiente, formas de disposição do material dragado segundo o seu grau de contaminação.

Para obter essas respostas, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente contará com o trabalho de pesquisa e controle de seus técnicos e com a colaboração de especialistas internacionais, representantes de países que passam pelo mesmo problema, como, os Estados Unidos da América, Canadá e Holanda, presentes no encontro.

 
 

Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Cris Couto)

 
 
 
 
 
 

 

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