GOVERNADOR DE SÃO PAULO QUER PROPOSTA ÚNICA DOS PAÍSES LATINO-AMERICANOS PARA A RIO+10

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Maio de 2002

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, participou hoje (17) no Memorial da América Latina do último dia da 7ª Reunião do Comitê Intersessional do Foro de Ministros de Meio Ambiente da América Latina e Caribe, e expressou seu apoio à união dos países representados no evento, em torno das propostas para a Conferência de Johannesburgo, a Rio+10, que será realizada na África do Sul no final de agosto e início de setembro.

O governador lembrou que a busca de um desenvolvimento sustentável trouxe uma nova era à história da humanidade e a necessidade do aprendizado mútuo entre todos, afirmando que "se termos chegado tarde ao processo de industrialização implicou alguns prejuízos, trouxe-nos o benefício de conhecermos a experiência dos países do Norte e assim evitar a repetição dos erros que cometeram no passado durante sua industrialização".

Segundo Alckmin, "nosso continente quer o desenvolvimento que merece, um desenvolvimento que promova a expansão das atividades produtivas, que se fundamente na justiça e que supere a exclusão social, mas que não comprometa as condições para um meio ambiente saudável".

O governador ilustrou suas palavras dando como exemplo a política ambiental adotada no Estado de São Paulo, com um componente conservacionista, "preservando o que restou da Mata Atlântica e os outros recursos naturais do estado", com a manutenção de 88 parques estaduais que cobrem uma área de 860 mil hectares.

Ao mesmo tempo, para "impedir que as atividades urbanas e indústrias gerem poluição que comprometa a qualidade de vida da população", desenvolve ações por intermédio da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, CETESB e Polícia Militar Ambiental, que exercem vigilância permanente "para evitar que o progresso e o desenvolvimento que todos desejamos comprometam irremediavelmente o meio ambiente em que vivemos".

Alckmin deu como exemplos de sucesso de gestão ambiental, nos últimos 20 anos, o saneamento de Cubatão, "antigamente denominada Vale da Morte e que hoje é um distrito industrial modelo" e o fato de, nos últimos 10 anos, "com a introdução do álcool como substituto parcial ou total da gasolina nos automóveis, a qualidade do ar na Grande São Paulo ter melhorado consideravelmente, o que tem consequências positivas na redução de ocorrências de doenças respiratórias e óbitos anuais, especialmente entre crianças e idosos".

O governador foi além: "diminui a poluição, melhora o meio ambiente e gera emprego. Aqui, temos não só carros a álcool, mas também colocamos álcool na gasolina em percentuais cada vez maiores. Estamos chegando a 25% de álcool na gasolina. Em São Paulo também determinamos que o Governo só pode comprar carros a álcool', completou, depois de salientar aos participantes do evento, que teve como objetivo elaborar uma proposta conjunta da região na Rio+10.

"Mais e mais estamos convencidos da relevância dos organismos e das reuniões que objetivam articular posições comuns relativamente a interesses regionais", afirmou. "Por direito da sua população, pelo potencial que oferece, a América Latina e o Caribe não podem ser reduzidos a mera condição de 'jardim botânico' do chamado primeiro mundo. Nem tampouco arcar com o ônus do processo predatório que caracterizou o seu crescimento nos últimos dois séculos", sintetizou o governador.

Goldemberg defende proposta brasileira de energia

Também presente no evento, o secretário estadual do Meio Ambiente, professor José Goldemberg, enfatizou que a proposta brasileira na área de energia a ser levada à Rio+10, com a adoção de energias renováveis, automaticamente leva ao cumprimento das metas do Protocolo de Kyoto. "Na medida em que os diferentes países, sobretudo os que dependem de energias fósseis, se movimentem para a utilização de energias renováveis, as emissões de carbono caírão automaticamente, reforçando os termos do Protocolo de Kyoto".

"Por outro lado, continuou o professor Goldemberg, a utilização de energias renováveis, como já foi mencionado pela ministra da Venezuela (Ana Elisa Osorio) e por outros ministros presentes a este evento, tem reflexos importantes na área rural, aumentando a segurança de suprimento dos diversos países e gerando empregos. O cultivo de cana-de-açúcar no Estado de São Paulo é um bom exemplo, gerando centenas de milhares de empregos, sem contar, como também já foi lembrado pelo governador Alckmin, que a utilização de álcool reduz sensivelmente a poluição".

A proposta brasileira é de que, não só a Comunidade Européia, mas também outros países aumentem o consumo de energias renováveis, atenuando não só o problema do clima mas muitos outros, e possam fazer parcerias, trocando cotas de suprimentos renováveis com outros países. Segundo dados de 1998, citados por Goldemberg, 80% da energia utilizada no mundo são combustíveis não-renováveis (óleo 35%, gás 21% e carvão 23%) e os 20% restantes são energia nuclear (6,5%), utilizada principalmente nos países ricos; energia de hidrelétricas, que representa aproximadamente 2,2%; e a biomassa tradicional utilizada na África (9,9%), produzida por meio de tecnologias muito primitivas.

As novas energias renováveis que se espera que sejam utilizadas mais intensivamente são a biomassa produzida por meio de tecnologias modernas, como o álcool e a energia eólica, que hoje representam 2,2% do consumo mundial. A expectativa é de que o consumo de energia renovável seja de 10%, em 2010.

 
 

Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Mário Senaga)

 
 
 
 
 
 

 

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