MODELO AMBIENTAL AUXILIA NA OCUPAÇÃO
RACIONAL NA AMAZÔNIA
Panorama Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Julho de 2002
A necessidade de criação
de um modelo de ocupação racional
para a Amazônia foi a tônica da conferência
do pesquisador Luiz Bevilacqua, do Laboratório
Nacional de Computação Científica
(LNCC), proferida na 54ª Reunião Anual
da SBPC, em Goiânia.
De acordo com Bevilacqua, a sustentabilidade do
ecossistema amazônico só será
alcançada com a combinação
de fatores socio-econômico-ambientais e para
isso é preciso que se modele uma representação
que combine variáveis interdisciplinares.
Na sua opinião, esforço nesse sentido
foi desencadeado pelo Ministério da Ciência
e Tecnologia (MCT) que montou um grupo composto
por representantes de diversas instituições
para desenvolver um modelo racional de ocupação
para a região.
Participam do projeto o Museu Paraense Emílio
Goeldi, o Laboratório Nacional de Computação
Científica (LNCC), o Instituto Nacional de
Pesquisas da Amazônia (Inpa, a Associação
Instituto Matemática Pura e Aplicada (Impa),
Instituto Nacional de Pesquisa Espaciais (Inpe),
Mamirauá, e as universidades Federal do Pará
(UFPA) e Federal do Amazonas (Ufam). Ainda em fase
de implantação, esse grupo estudará
como as ações do homem sobre a terra,
a água e o ecossistema, interagem e se manifestam
no processo evolutivo do bioma amazônico.
Para Bevilacqua, a criação desse paradigma
é urgente para evitar que modelos estrangeiros
sejam implementados no país. "A importação
de modelos ambientais não funciona porque
eles são estruturados considerando aspectos
culturais alheios aos nossos e a cultura é
um aspecto fundamental para a obtenção
de resultados corretos", avalia.