CONTRABANDO DE MOGNO:
O PROBLEMA É GRAVE...

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2002

O caso mogno continua rendendo denúncias e muita discussão. No dia 13 de junho, o Greenpeace pediu ao governo brasileiro que determinasse uma investigação nos portos tradicionalmente usados para exportação de mogno para impedir o contrabando da espécie. Para justificar o pedido, encaminhamos às autoridades brasileiras documentos comprovando fraudes na exportação, evasão de divisas, desrespeito à Portaria de 1996 que criou quotas para o mogno e falso testemunho.

Os documentos consistem em cópias de cartas e duas notas fiscais clonadas emitidas pela empresa exportadora de madeiras Adair Comercial Ltda., do Pará, referentes a um carregamento de mogno exportado como sendo cedro para a empresa Comadex S.A., de Toledo, Espanha. Na carta encaminhada pela exportadora Adair à importadora Comadex, o exportador brasileiro diz: “Ressaltamos ainda que, por motivos internos de nosso país, embarcamos o mogno como cedro – KD”. A “situação interna” pode ser referência ao fato de que, em fins de 2000, a exportação de mogno já enfrentava dificuldades decorrentes da “Operação Xingu” realizada pelo Ibama e pela Polícia Federal em setembro e outubro daquele ano no Sul do Pará. A operação decorrente de denúncia do Greenpeace sobre exploração ilegal de mogno em terra indígena, resultou na apreensão de 7.924 m³ de mogno em tora e 123 m³ de mogno serrado.

“Estes documentos são uma coleção de ilegalidades e mostram que os mecanismos de controle não funcionam”, disse o coordenador internacional da campanha Amazônia do Greenpeace Paulo Adário. Na Espanha, a Procuradoria de Meio Ambiente abriu inquérito sobre importação irregular de mogno brasileiro.

A solução existe

O Greenpeace promoveu, no início de junho, em Belém (PA), um workshop técnico para discutir novas normas para manejo, manutenção da moratória, certificação independente e inclusão do mogno no Anexo II da CITES (Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna e da Flora Silvestres).

O encontro

Reuniu pesquisadores brasileiros e estrangeiros, autoridades ambientais, ONGs e empresários. Os especialistas discutiram ecologia, manejo de mogno e medidas necessárias para uma exploração ecologicamente responsável, socialmente adequada e economicamente viável. A “Declaração de Belém” documento resultante do workshop, afirma que a transição do atual modelo, baseado no desrespeito à Lei e na exploração predatória, para um sistema regulado pelo Governo, transparente e auto-sustentável, vai exigir mudanças de caráter permanente e a cooperação de todos os setores envolvidos.
A “Declaração de Belém” prevê normas específicas para o manejo do mogno e de espécies raras, com propostas para o período de transição e condicionantes para a retomada da exploração, comércio e regularização dos projetos existentes. Entre as pré-condições estão o inventário dos estoques de mogno remanescentes na Amazônia, a manutenção da moratória para novos projetos (a atual termina em agosto) e a criação de um fundo de conversão para o manejo sustentável da espécie, com recursos provenientes da venda, pelo governo, do mogno apreendido. Parte dos recursos seriam destinados a fortalecer a capacidade de fiscalização e monitoração do Ibama.

O mogno hoje

O mercado de mogno – a mais valiosa madeira da Floresta Amazônia - esta paralisado desde outubro de 2001, quando o Ibama proibiu a exploração, transporte e comércio da espécie. Após comprovar a enorme ilegalidade no setor. Um debate inédito sobre as condições da exploração florestal no Brasil foi aberto e alcançou corredores do Palácio do Planalto – o presidente Fernando Henrique Cardoso, em seu programa semanal de rádio do dia nove de abril, reafirmou o compromisso do governo federal na proteção do mogno.

O que você pode fazer

Pedir a prorrogação a moratória do mogno, escrevendo para:

• Presidência da República
Presidente Fernando Henrique Cardoso
E-mail: protocolo@planalto.gov.br ou pr@planalto.gov.br
Fone: (0xx61) 411-1200 / 1201 / 1203
Fax: (0xx61) 411-2222

• Ministério do Meio Ambiente
Ministro José Carlos Carvalho
E-mail: gab@mma.gov.br
Fone: (0xx61) 322-7819 / 317-1289
Fax: (0xx61) 226-7107

 
 
Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
 
 
 
 
 
 

 

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