PRESIDENCIÁVEIS: CONHEÇA AS PROPOSTAS DE LULA PARA O MEIO AMBIENTE

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Agosto de 2002

Luis Inácio Lula da Silva: Crescimento, Emprego e Inclusão Social com Justiça Ambiental

Nosso governo trabalhará por um novo padrão de desenvolvimento, com crescimento econômico, inclusão social e justiça ambiental, de modo que, resguardado o direito das gerações futuras, todos tenham acesso justo e eqüitativo aos recursos naturais. Na última década, a sociedade brasileira foi marcada por baixas taxas de crescimento econômico e altos índices de danos socioambientais. Nosso governo se comprometerá com a melhoria da qualidade ambiental como geradora de novas oportunidades de inclusão social, através de três estratégias:

(a) adoção de critérios socioambientais de sustentabilidade para as políticas públicas, fortalecendo os sistemas nacionais de meio ambiente, recursos hídricos e defesa do consumidor;

(b) estabelecimento de metas de melhoria dos indicadores socioambientais – desmatamento, focos de calor, emissão de CO2 e CFC, esgotamento e tratamento sanitário, abastecimento de água, controle de vetores, resíduos sólidos, qualidade do ar, acesso aos bens naturais, consumo de energia, tecnologias limpas;

(c) controle social por meio da participação popular, da educação e da informação ambientais, e da valorização das iniciativas da população e da sociedade civil organizada.

Infra-estrutura e Desenvolvimento Sustentável Infra-estrutura e Desenvolvimento Sustentável

1. O esforço fundamental do nosso projeto é a busca de elaboração e implementação de políticas de médio e longo prazo voltadas para o assentamento dos alicerces de um Brasil sustentável, mais justo e ambientalmente equilibrado e sem as desigualdades que vêm marcando nossa história de exclusão. Nesse sentido, o novo governo terá no centro de suas preocupações a construção e implementação de estratégias que melhorem a distribuição de renda e reforcem a conservação da diversidade ambiental, a pluralidade e a singularidade das nossas diferentes culturas.
2. O programa que ora apresentamos procura estabelecer as linhas estratégicas do futuro governo para recuperar a infra-estrutura produtiva do País. Nesse sentido, o novo governo buscará consolidar e ampliar os pilares de sustentação do parque produtivo brasileiro, tendo como eixo o planejamento integrado nacionalmente, combinado a uma perspectiva regional flexível e descentralizada.
3. Nosso governo manterá distância tanto do velho nacional-desenvolvimentismo das décadas de 1950, 1960 e 1970 quanto do novo liberalismo que marcou os anos 90.
4. No primeiro caso, apesar do sucesso obtido com a industrialização do País, o modelo implantado estimulou práticas clientelistas, às custas de subsídios e benefícios distribuídos às empresas, sem preocupação com a competitividade e sem a definição de cronogramas e metas. Em uma palavra, sem claras políticas de reciprocidade entre o setor público e o privado. O resultado foi a distorção das estruturas de mercado, a geração de ineficiências econômicas e um quadro de má distribuição de renda.
5. De seu lado, a experiência liberalizante dos anos 90 provocou corrosão do tecido industrial, com perdas de elos importantes das cadeias produtivas, enfraquecendo a capacitação interna e ampliando a vulnerabilidade externa do País. Ao longo dos últimos anos, as políticas do atual governo aprofundaram a fragmentação da estrutura econômica e industrial, as desigualdades regionais e a concentração de renda.
6. Um novo modelo de desenvolvimento exigirá a superação efetiva de importantes estrangulamentos na infra-estrutura existente hoje no País, cuja insuficiência e desgaste tem se revelado como um obstáculo decisivo ao crescimento sustentado.
7. As bases programáticas do nosso governo apontam para um País diferente. Um Brasil capaz de construir seu próprio futuro e de sustentar seu desenvolvimento econômico e social.

Infra-estrutura e Desenvolvimento Sustentável Políticas Ambientais Saneamento e Meio Ambiente

19. O Brasil apresenta índices elevados de internações hospitalares decorrentes de doenças causadas pela deficiência ou mesmo a inexistência de saneamento básico. A implantação desses serviços tem forte impacto na redução das doenças e das taxas de mortalidade infantil, influindo na melhoria de indicadores sociais como o Índice de Condição de Vida da população e do Índice de Desenvolvimento Humano.

20. O novo governo vai se orientar no sentido de:
(1) Atender aos mais pobres e às regiões menos favorecidas;
(2) Reduzir a poluição e a incidência de doenças relacionadas à insuficiência do daneamento;
(3) Aumentar a eficiência dos prestadores de serviços e a eficácia das ações;
(4) Estimular o uso de tecnologia apropriada;
(5) Estimular a associação de municípios para resolver problemas comuns;
(6) Prestar assistência técnica e sanitária, especialmente em pequenos municípios e áreas rurais;
(7) Incluir o saneamento na agenda de trabalho dos agentes de saúde, com a identificação de carências;
(8) Estimular a construção de fossas e banheiros para os segmentos de baixa renda;
(9) Construir laboratórios regionais de referência para análise da água e dos efluentes sanitários;
(10) Ampliar a fiscalização sobre a qualidade da água distribuída.

21. Instrumento para a consecução das prioridades macrossociais do nosso governo, abrangendo ações no âmbito de abastecimento de água, esgoto sanitário, gestão dos resíduos sólidos, drenagem urbana e controle de vetores e reservatórios de doenças transmissíveis, a Política Nacional de Saneamento Ambiental tem como objetivo último assegurar os direitos humanos fundamentais de acesso à água potável e à vida em ambiente salubre nas cidades e no campo, e será desenvolvida de modo planejado, orientando-se por critérios epidemiológicos para a priorização das ações, sob gestão pública, integrando os três níveis de governo.
A Política Nacional de Saneamento do nosso governo estará baseada em:

§ Estruturação dos Comitês e Agências de Bacia Hidrográfica, incentivando a implementação da lei de recursos hídricos;
§ Subsídio ao tratamento de esgotos onde a poluição afetar mananciais necessários ao consumo humano;
§ Integração das ações de saneamento, desenvolvimento urbano e recursos hídricos, constituindo meios de cooperação entre governos e sociedade;
§ Cooperação federativa como meio de superar impasses nas políticas de saneamento. Para tanto, o novo governo desenvolverá uma política nacional participativa, que busque e instrumentalize a universalização dos serviços, a eqüidade e a eficiência;
§ Modernização dos prestadores públicos de serviços de saneamento, tornando-os sustentáveis e profissionalmente gerenciados;
§ Revisão dos tributos incidentes sobre prestadores de serviços de saneamento, provendo igualdade tributária entre as diversas formas de prestação de serviços;
§ Incentivo à gestão associada dos serviços, com a formação de consórcios, associações e empresas regionais;
§ Estímulo à efetivação de parcerias com o setor privado, de modo a buscar a universalização e a ampliação dos investimentos, o desenvolvimento tecnológico, o aumento da eficiência e a redução de custos, com ações apropriadas a cada realidade local e regional.

Infra-estrutura e Desenvolvimento Sustentável Recursos Hídricos

22. O Brasil, com 2,8% da população mundial, ocupa o primeiro lugar em termos de disponibilidade hídrica do planeta, com 12% das reservas mundiais de água doce, sendo que três grandes bacias hidrográficas respondem por 80% desse total.

23. Ao considerar o ambiente (ar, água, solo) como recursos, deve-se trabalhar com o conceito de economia ambiental. Assim, gerenciar adequadamente esses recursos significa utilizá-los com critério, de modo a que possamos satisfazer as nossas necessidades sem esgotá-los, preservando-os para os usos das gerações futuras. A consciência de que os recursos naturais são limitados diante das necessidades humanas fez com que em vários países (principalmente nos mais desenvolvidos) se criassem mecanismos para administrar esses recursos da melhor maneira possível.

24. O novo governo, aproveitando o conhecimento acumulado pelos organismos responsáveis pela administração dos recursos hídricos, pelas empresas responsáveis por hidrelétricas, pelas organizações ribeirinhas e por outras tantas organizações que vivem em função de nossos rios, vai dar prioridade à revitalização de bacias, numa visão de integração nacional, entendendo que os rios são corredores de desenvolvimento fundamentais.

25. Nas cidades brasileiras, 11 milhões de pessoas não têm acesso ao abastecimento de água tratada, estando sujeitas a inúmeras doenças gastrointestinais. Ainda assim, há um enorme desperdício, da ordem de 45% do volume produzido. Destacam-se os seguintes pressupostos para a ação do governo em relação à água: a) definição desse recurso como um bem de domínio público; b) entendimento de que se trata de um recurso natural limitado, que possui valor econômico e que deverá ter uso racional e utilização mais preservacionista; c) respeito ao uso múltiplo do recurso dando condições igualitárias de acesso a todas as categorias usuárias (saneamento, pesca, lazer e outros).

 
 
Fonte: Plano de Governo do candidato
 
 
 
 
 
 

 

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