EPISÓDIO TRÁGICO MOTIVA, 50 ANOS DEPOIS, REALIZAÇÃO DE SIMPÓSIO PARA DEBATER OS PROBLEMAS CAUSADOS PELA POLUIÇÃO DO AR

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Dezembro de 2002

Londres e outras grandes metrópoles mundiais estarão esta semana realizando eventos similares ao Simpósio que acontece em São Paulo amanhã (11/12), das 14 às 18 horas, na sede da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, que tem como tema "Poluição do Ar e Saúde - 50 Anos depois de Londres". Na ocasião, técnicos da CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental, da Faculdade de Medicina da USP e da Coordenação Geral de Vigilância Ambiental, do Ministério do Meio Ambiente, estarão expondo os trabalhos e pesquisas desenvolvidos nos últimos anos.

A iniciativa tem como objetivo marcar o cinquentenário da ocorrência que transformou-se em referência dos efeitos maléficos e até fatais da poluição na saúde humana. O evento é aberto ao público interessado e acontecerá no auditório da Secretaria, à Av. Professor Frederico Hermann Jr., 345 - Alto de Pinheiros.

Histórico

Nos primeiros dias de dezembro de 1952, a cidade de Londres, na Inglaterra, registrou um dos mais dramáticos episódios de poluição do ar. As temperaturas baixas, associadas à emissão dos veículos movidos a diesel, à queima de carvão nas lareiras domésticas e a condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão da poluição fizeram com que a cidade ficasse envolta por uma densa nuvem de fumaça. Como conseqüência, as concentrações de alguns poluentes atingiram níveis até 10 vezes superiores aos limites máximos. Na semana em que isso ocorreu, e nas duas seguintes, foram registradas cerca de 3.000 mortes acima do número de óbitos normalmente registrados pelas estatísticas da época. Em fazendas localizadas nas redondezas de Londres também houve morte de animais, enquanto os hospitais e serviços de atendimento de emergência tiveram uma procura três vezes superior à esperada.

Este fato evidenciou a capacidade letal e geradora de doenças dos poluentes atmosféricos e foi a partir de então que os governos de diversos países começaram a criar e regulamentar políticas ambientais para o controle da poluição do ar.

No Brasil, os programas de controle da poluição atmosférica obtiveram avanços significativos, tendo como base os parâmetros fixados pela legislação brasileira e normalizados pelas resoluções do CONAMA, órgão do Ministério do Meio Ambiente. Mas as informações correlacionando os níveis de poluição atmosférica aos índices de morbidade e mortalidade ainda são incipientes e dificultam o estabelecimento de uma relação direta entre a emissão de poluentes, os períodos desfavoráveis à dispersão e o agravamento das doenças.

Situação atual

Atualmente, já existem alguns estudos que servem como indicadores para o desenvolvimento de programas de controle das emissões dos poluentes atmosféricos e que apóiam as políticas públicas voltadas para a saúde nos meios urbanos e industriais. É o caso do trabalho desenvolvido pelo médico Nelson Gouveia, que durante o simpósio estará apresentando os primeiros resultados obtidos em levantamento realizado nos últimos dois anos, comprovando a relação entre poluição atmosférica e o nascimento de bebês com o peso abaixo da média. O pesquisador do Departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP utilizou-se dos dados registrados pelo SUS - Sistema Único de Saúde, no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Outro projeto que deverá facilitar o cruzamento dos dados entre a área ambiental e de saúde é o Programa de Vigilância da Qualidade do Ar, que vem sendo implementado pela Coordenação Geral de Vigilância Ambiental/CGVAM, do Ministério da Saúde, nas cidades de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro, Vitória e no Pólo Industrial de Camaçari, na Bahia. Sua apresentação no simpósio será feita pelo coordenador da CGVAM.

Durante o simpósio, o químico Cláudio Alonso, da CETESB, fará a apresentação dos aspectos históricos e do quadro atual da poluição do ar em São Paulo, com destaque sobre o ozônio, um dos poluentes atmosféricos mais preocupantes. A ênfase se justifica, pois este contaminante se forma a partir da emissão de outros gases em contato com a luz solar intensa, o que torna o seu controle mais difícil, como demonstram as ocorrências freqüentes e os níveis elevados registrados em diversas cidades no mundo.

 
 
Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Eli Serenza)
 
 
 
 
 
 

 

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