IBAMA DIVULGA RESULTADO DA OPERAÇÃO AGROTÓXICO
E LANÇA CAMPANHA CONTRA PRODUTOS ILEGAIS

Panorama Ambiental
São Paulo - Brasil
Dezembro de 2002

O Ibama divulgou na última quinta-feira (19/12), o resultado da "Operação Agrotóxico", realizada na região Centro-Oeste, e lançou a campanha "Diga NÃO aos produtos ilegais", de combate ao uso de agrotóxicos contrabandeados no País. O lançamento aconteceu em Cuiabá, na sede da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), durante a apresentação do Relatório Geral de Atividades da Gerência do Ibama no Estado. O evento contou com a presença do engenheiro especialista em Gestão Ambiental e consultor técnico do Ibama, Marcelo Neiva Amorim, do gerente do Ibama, Leôncio Pinheiro e reuniu sindicatos rurais, as principais entidades representativas do setor, e órgãos públicos de apoio e fiscalização de sanidade vegetal. O uso de agrotóxicos irregulares, além de colocar em risco a saúde humana, pode contaminar o solo e lençóis freáticos, causando um vasto prejuízo ao meio ambiente.

"Trata-se de uma campanha educativa. Vamos explicar a todos o que estaremos fazendo e o porque da fiscalização que fizemos nos meses de novembro e dezembro nos estados de Mato Grosso do Sul, Goiás e Mato Grosso", explicou Amorim. A partir de agora as gerências II e os Escritórios Regionais estarão também distribuindo material informativo para ser distribuído aos produtores rurais no interior do Estado. A campanha "Diga NÃO aos produtos irregulares", iniciada pelo Mato Grosso do Sul, vai se estender por todo o Mato Grosso e Goiás e depois seguirá para os outros estados da Federação onde o Ibama já constatou a utilização de agrotóxicos contrabandeados. "Qualquer pessoa que quiser colaborar, pode ligar para informar sobre o uso de agrotóxicos irregulares para a "Linha Verde" do Ibama, fone: 0800-618080. A ligação é gratuita e não é preciso se identificar", esclarece Amorim.

Durante o lançamento da campanha o consultor técnico falou sobre o registro e utilização de agrotóxicos no Brasil e os problemas ambientais causados pelo uso de produtos ilegais. Foram distribuídos também materiais informativos, como folderes e cartazes, para serem levados aos produtores rurais no campo e às revendas de defensivos agrícolas. O gerente executivo do Ibama MT, Leôncio Pinheiro, aproveitou ainda para convidar produtores rurais, sindicatos, entidades públicas e privadas e todos os segmentos envolvidos com a produção no campo, que utilizam produtos agroquímicos, para que também sejam parceiros nas campanhas de conscientização. "Precisamos da união de todos em defesa do meio ambiente e a contaminação por agrotóxicos irregulares põe em risco não só o solo e o lençol freático, mas também a saúde humana", afirmou.

Operação Agrotóxico

A Operação Agrotóxico, na região Centro-Oeste foi iniciada pelo Ibama em Mato Grosso do Sul, no dia 04 de novembro, chegou a Goiás no dia 28 do mesmo mês e terminou no Mato Grosso no último dia 15. Durante este período foram realizadas vistorias em 356 propriedades rurais e 43 revendedores, com a aplicação de multas no valor de R$ 1.106.500,00 (um milhão, cento e seis mil e quinhentos reais). A operação contou com a participação de 26 agentes do Ibama, de Brasília, Mato Grosso do Sul e Goiás e teve como principais objetivos, monitorar a quantidade, a forma de aplicação, a qualidade e procedência dos defensivos agrícolas aplicados. Foi avaliado também o impacto ambiental decorrente da aplicação de agroquímicos nessas áreas, além da utilização de produtos ilegais em lavouras dos três estados. Os agentes do Instituto atuaram coibindo a utilização, transporte, armazenagem e comercialização de produtos agrotóxicos em desacordo com as exigências estabelecidas nas leis, em propriedades agrícolas e distribuidores de insumos agropecuários e, mais que fiscalizar, buscaram orientar e incentivar os agricultores, pecuaristas, revendedores e entidades públicas e privadas sobre a correta destinação de embalagens vazias de agrotóxicos e afins.

Segundo Marcelo Amorim, a utilização dos agrotóxicos irregulares acarreta uma série de problemas, como por exemplo, o risco oferecido ao meio ambiente pela falta de controle das impurezas presentes, como as dioxinas. Por outro lado, a falta de informações no rótulo e bula, sobre a ecotoxidade do produto, a ausência de informações sobre o descarte correto da embalagem, a falta de informações em caso de acidentes, a ausência de receituário agronômico e a Fitotoxidade, além da falta de orientações para primeiros socorros em caso de intoxicação e sobre os cuidados com a aplicação do produto, são problemas que podem atingir à saúde humana e a contaminação ambiental.

"A utilização de agrotóxicos irregulares ameaça o meio ambiente e também a saúde da população e que por causa disso a fiscalização do Ibama vai ter continuidade em todos os estados onde exista a suspeita da utilização destes produtos", explicou, de Brasília, o coordenador geral de Fiscalização Ambiental do Ibama, Júlio da Silva Oliveira. Ele informou que os agrotóxicos contrabandeados em geral vem da China e entram pela fronteira com o Paraguai. "Em caso de contaminação de pessoas fica difícil o médico tomar providências, pois não há informações nos ministérios da Agricultura, Saúde e Meio Ambiente sobre os produtos", explica.

Nos 35 dias da Operação Agrotóxico, foram visitadas propriedades nos municípios de São Gabriel do Oeste, Chapadão do Sul, Costa Rica, Alto Taquari, Coxim, Pedro Gomes, Sidrolândia, Maracaju, Dourados, Rio Brilhante, Caarapó, Laguna Carapã, Ponta Porá, Amambaí, Aral Moreira, Bela Vista, Fátima do Sul, Antônio João, Itaporã e Douradina, em Mato Grosso do Sul. Anápolis, Goiânia, Indiara, Acreúna, Rio Verde, Jataí, Montividiu, Mineiros, Santa Helena, Quirinópolis, Bom Jesus de Goiás e Itumbiara, em Goiás. No Mato Grosso foram visitadas propriedades em Itiquira, Rondonópolis, Cuiabá, Nobres, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Diamantino, Primavera do Leste e Barra do Garças. Das 356 propriedades rurais vistoriadas, 36 foram autuadas por utilização de produtos irregulares (agrotóxicos contrabandeados) e descarte inadequado de embalagens.

Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Ascom

 
 
 
 

 

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