IBAMA INCENTIVA MANEJO DAS PLANTAS MEDICINAIS
COMO ALTERNATIVA DE RENDA

Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Agosto de 2003


Ibama/Divulgação
O Núcleo de Plantas Medicinais e Aromáticas da Diretoria de Florestas do Ibama começará pela flora do Cerrado a implantação de um projeto nacional de conscientização das comunidades assentadas para o cultivo e o uso sustentável destas espécies nativas. Também serão incentivadas outras fontes extrativistas da agricultura familiar.
Partindo da constatação de que a perda da diversidade das culturas tradicionais é tão grave quanto a da biodiversidade, o projeto de "Conservação da Biodiversidade e Desenvolvimento de Comunidades" se baseará no resgate e na difusão dos conhecimentos populares.
O embrião será implantado no assentamento de Mata Grande, no município goiano de São Domingos, onde vivem sessenta famílias. Em dois anos, o Ibama espera que os assentados estejam aptos para gerenciar a conservação e o uso sustentável desta região do Cerrado.

A apresentação da proposta à comunidade local será nos dias 1º e 02 de setembro. É a primeira experiência do Núcleo do Ibama integrando empresa, órgão público e comunidade na gestão e na conservação das plantas medicinais, como alternativa terapêutica e de diversificação de renda para a população local.
Participam do projeto-piloto o Laboratório Centroflora-Anidro do Brasil-Desidratação Ltda; a Associação Meridioneira de Mata Grande, a prefeitura municipal de São Domingos e o Incra. A primeira etapa do projeto já começou. O inventário das plantas nativas desta região do Cerrado identificará as espécies com potencial farmacológico e comercial.
As mais importantes e ameaçadas de extinção - como por exemplo o Ipê-roxo e o jatobá - serão escolhidas para manejo prioritário e uso sustentável pela comunidade local. O projeto se baseará no resgate do conhecimento tradicional, associado ao uso das plantas medicinais, para reforçar a participação da comunidade na gestão dos recursos naturais, incentivar o manejo e o cultivo das espécies farmacológicas e de outras fontes extrativistas da biodiversidade local.
Está prevista a implantação de uma farmácia viva ou horta medicinal, de uma unidade de secagem e de outra de armazenamento. E também de uma oficina de agroecologia para incentivar atividades extrativistas típicas da região, como o mel orgânico.
A coordenadora do Núcleo, bióloga Suelma Ribeiro, disse que a iniciativa do Ibama visa conter o processo de extrativismo indiscriminado das plantas medicinais brasileiras e colocar à disposição da população a gigantesca coleção de plantas medicinais.
Entre outros problemas, Suelma advertiu que o acelerado processo de ampliação da fronteira agrícola vem contribuindo perigosamente para a perda da variedade genética das populações das espécies medicinais e aromáticas em todo o país.
Sem qualquer controle, o mercado de plantas medicinais gira em torno de US$ 500 bilhões anuais. A Organização Mundial da Saúde calcula que mais de 80 por cento da população do planeta recorrem aos fitoterápicos para medicar-se e que a tendência á aumentar ainda mais.
Das 250 mil espécies da flora mundial, 75 mil são terapêuticas, cujas propriedades químicas são desconhecidas na grande maioria. Das estimadas 60 mil plantas nativas brasileiras, as pesquisadas para fins farmacológicos não representam nem dez por cento do potencial nacional, situação que o Ibama começa a reverter.
Ao desenvolver um trabalho estratégico de incremento do plantio, do uso e do comércio das plantas medicinais na agricultura familiar, o Ibama também espera reverter uma outra estatística lamentável. Embora o Brasil seja o sétimo mercado internacional de medicamentos e possua a maior biodiversidade florística do mundo, o mercado interno de fitoterápicos naturais é de minguados US$ 260 milhões/ano, contra US$ 85.1 bilhões dos EUA e US$ 6 bilhões da Europa.
Mata Grande - O assentamento está em uma importante área de mata nativa, conhecida como mata seca ou floresta semidecidual submontana do vale do Rio Paraná. Suelma Ribeiro alerta que o elevado grau de exploração predatória na região ameaça o futuro de espécies medicinais de grande importância ecológica como a aroeira, a copaíba e a barriguda - esta, bioindicadora da presença de rochas calcárias no Cerrado.
Ascom - (61) 316-1015

Fonte: Ibama (www.ibama.gov.br)
Assessoria de comunicação

 
 
 
 

 

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