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50 MIL PESSOAS
DIZEM NÃO A ANGRA 3
E PEDEM POR ENERGIA RENOVÁVEL JÁ
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Outubro de 2003
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Representantes
de organizações ambientalistas
e movimentos sociais entregaram ao governo
federal, na manhã desta quinta-feira,
milhares de abaixo-assinados e cartões
contra a construção da usina
nuclear Angra 3, e a favor do uso das fontes
de energia limpas e renováveis. A ação
foi realizada diante do Palácio do
Planalto.
As organizações aproveitaram
a realização da Conferência
Regional sobre Energias Renováveis
no Palácio do Itamaraty, que contou
com a presença do ministro do meio
ambiente alemão, Jürgen Trittin,
e de representantes de vários governos
latino-americanos. As entidades que compõem
o Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos
Sociais entregaram documentos assinados por
mais de 50 mil pessoas, demandando que Lula
dê um maior incentivo à |
energia
solar, eólica e de biomassa e ponha
fim à aventura nuclear brasileira.
Ativistas do Greenpeace cobriram parte da
Praça dos Três Poderes, em frente
à sede do governo federal, com um enorme
tapete de 400 m2, composto por cerca de 14
mil cartões coloridos assinados por
brasileiros do Rio Grande do Sul ao Amapá.
Endereçados ao presidente da República,
o tapete continha o pedido “Angra 3, não”
escrito com os cartões que, por sua
vez, continham as mensagens “Energias Renováveis,
Já!” em uma de suas faces e a inscrição
“Angra 3, Não!”, na outra. |
Ao
mesmo tempo, no Itamaraty, integrantes do
Greenpeace, Fundação SOS Mata
Atlântica, Sociedade Angrense de Proteção
Ecológica (Sapê), Grupo Ambientalista
da Bahia (Gambá), Fórum de Energia
de Rondônia (Foren) e Núcleo
Amigos da Terra Brasil entregaram ao presidente
Lula diversos volumes encadernados, contendo
as folhas restantes do abaixo-assinado antinuclear
e pró-renováveis.
“A nossa idéia foi exatamente mostrar
a contradição do governo federal
que, em vez de promover as fontes de energia
mais modernas, pretende construir uma usina
nuclear insegura, cara, suja e ultrapassada,
mesmo contra a vontade da maioria da população”,
afirmou Sérgio Dialetachi, coordenador
da Campanha de Energia do Greenpeace.
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“As entidades
que assinam têm como diferencial captar
esse sentimento, que vem desde nossa primeira
ação contra a bomba e contra
as usinas nucleares, traduzidas no Brasil
na luta contra Angra e contra a construção
de usinas na Juréia, que se transformou
numa área protegida. Esse sentimento
está latente e basta uma chamada para
se transformar nessa ação e
mobilização com as assinaturas”,
disse Mário Mantovani, diretor de relações
institucionais da Fundação SOS
Mata Atlântica.
“As energias renováveis, ao contrário
dos combustíveis fósseis, como
o petróleo e o carvão mineral,
das grandes barragens e das usinas nucleares,
possibilitam a descentralização
da geração de energia e a universalização
do acesso à eletricidade, promovendo
a inclusão social dos milhões
de brasileiros ainda marginalizados pelo sistema
elétrico brasileiro”, completou Lúcia
Schild Ortiz, coordenadora do Núcleo
Amigos da Terra Brasil.
“Desafiamos os defensores da energia nuclear
a demonstrarem a sua viabilidade. O Fórum
Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais é
radicalmente contra a construção
de usinas nucleares, não só
pelos riscos que apresentam, mas também
por conta de seus altos custos”, afirmou Temístocles
Marcelos, coordenador do Fórum Brasileiro
de ONGs e Movimentos Sociais. |
Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa
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