GREENPEACE LANÇA VÍDEO EM BELÉM (PA)
PARA APOIAR CRIAÇÃO DE RESERVAS EXTRATIVISTAS

Panorama Ambiental
Belém (PA) - Brasil
Novembro de 2003

“Vozes da floresta”

O Greenpeace lançou hoje o vídeo “Vozes da Floresta – a luta pela criação da Resex Verde para Sempre”. O lançamento aconteceu durante a abertura do Tribunal Internacional de Crimes do Latifúndio, na Praça do Mercado de São Bráz, em Belém, que reuniu diversas organizações não-governamentais e movimentos sociais.
O vídeo mostra que a luta pela terra tornou-se mais intensa – e muitas vezes violenta – em regiões remotas da Amazônia. Com a crescente demanda por novas áreas de terra para exploração dos recursos florestais ou pecuária extensiva, madeireiros, pecuaristas e outros especuladores estão transformando estas regiões em novas fronteiras sem lei.
Um grande trecho de floresta na região de Porto de Moz, pequena cidade localizada na margem direita do rio Xingu, no Pará, transformou-se em campo de batalha entre as comunidades tradicionais que habitam a região e empresas madeireiras que passaram a ocupar a área depois que os estoques de madeira foram esgotados em outros centros produtores do estado. Ali, cerca de 15 mil pessoas vivem em mais de 125 comunidades rurais. Sua sobrevivência depende dos recursos florestais e está baseada na pesca, caça, agricultura familiar, extrativismo e comércio dos produtos que recolhem na floresta.
Nos últimos anos, a chegada de madeireiros e a disputa pelos recursos comunitários têm gerado conflitos violentos. Muitos casos e ameaças de morte já foram denunciados. O “Relatório Nacional de Direitos Humanos e Meio Ambiente”, apresentado por autoridades brasileiras ao alto comissário de Direitos Humanos da ONU em abril de 2003, escolheu Porto de Moz para reunir testemunhos e denúncias de vítimas afetadas pela grilagem de terra, exploração ilegal de madeira e violência.
A falta de controle na questão fundiária acirra a luta pela terra e leva o Pará a apresentar o maior índice de assassinatos ligados às disputas de terra. Entre 1985 e 2001, quase 40% das 1237 mortes ocorridas no Brasil aconteceram no Pará, de acordo com dados da CPT (Comissão Pastoral da Terra). A entidade também divulgou uma lista de pessoas ameaçadas de morte. Dos 78 nomes listados no Pará, oito são de Porto de Moz.
De acordo com lideranças comunitárias, o primeiro passo seria o controle da questão fundiária. “Já que o governo não assumiu sua responsabilidade de controlar a situação, as comunidades ribeirinhas decidiram lutar por seu futuro”, disse Paulo Adário, coordenador da campanha da Amazônia, do Greenpeace. “Desde abril de 2000, elas lutam pela criação de uma reserva extrativista na área, que recebeu o nome de Verde para Sempre”.
A área da reserva proposta pelas comunidades de Porto de Moz tem aproximadamente 1,3 milhão de hectares e vai abrigar cerca de 15 mil pessoas. Uma reserva extrativista é uma área protegida por lei, reconhecida pelo governo federal, que garante que as famílias que morem no local explorem os recursos naturais da região de forma limitada e organizada.
“O governo brasileiro precisa abrir os olhos para a realidade de Porto de Moz, já que é ele o responsável pela decisão final sobre o futuro da reserva e, inevitavelmente, sobre o futuro de 15 mil pessoas”, concluiu Adário.

Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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