MMA, IBAMA
E GOVERNO DE MINAS ANUNCIAM
PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS SOBRE O DESASTRE
ECOLÓGICO DE CATAGUASES
Panorama
Ambiental
Brasília (DF) – Brasil
Abril de 2003
Para uma
solução mais imediata do desastre
ecológico causado pelo derramamento de rejeitos
tóxicos nos rios Pomba e Paraíba do
Sul, com o rompimento da barragem de contenção
da Indústria de Papel e Celulose Cataguases,
a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, anunciou
nesta sexta (04/04), após sobrevoar a Zona
da Mata mineira, acompanhada do presidente do Ibama,
Marcus Barros e do governador de Minas, Aécio
Neves, para avaliar a situação:
1
- construção de pequenas barragens
para isolar os pontos mais críticos;
2 - drenagem com serragem e areia;
3 - bombeamento do material empossado nos leitos
e nas margens dos rios afetados;
4 - recuperação da barragem que rompeu
5 - reforço da outra barragem
Marina Silva
informou, ainda, que o Ministério do Meio
Ambiente está acionando o seguro desemprego
para os pescadores que comprovarem viver exclusivamente
da pesca na região afetada pelo desastre
ecológico.
Após esta avaliação, ela disse
que os trabalhos das autoridades ambientais se concentrarão
em três sentidos: evitar maiores riscos para
as populações afetadas; diminuir o
impacto social para os pescadores; e, permitir uma
ação política conjunta para
a solução do problema por parte do
governo federal, dos governos de Minas e do Rio
de Janeiro e das prefeituras municipais, sem prejuízo
das investigações de responsabilidades.
"O importante é a parceria estratégica
criada entre os governos estaduais e o Ministério
do Meio Ambiente para reforçar os trabalhos
que serão desenvolvidos a partir deste momento",
ressaltou a ministra.
Outras medidas de médio prazo serão
adotadas para a recuperação dos rios
e das áreas degradadas pelo acidente, adiantou
Marina Silva.
Ela também informou que, embora seja justa
a reivindicação da governadora do
Rio de Janeiro, para construir uma barragem na saída
do Córrego Cágado, afetado pelo desastre
ecológico, técnicos da Agência
Nacional de Águas (ANA) e dos órgãos
ambientais do governo foram contra. Eles explicaram
que com a vazão de dois metros cúbicos
de água por segundo seria necessária
uma grande barragem que demoraria muito tempo para
ser construída e não resolveria o
problema.
Já o governador de Minas comprometeu-se em
enviar para Cataguases e demais regiões afetadas
representantes da Secretaria de Agricultura do Estado
para avaliar a situação das atividades
agrícolas prejudicadas pelo desastre ambiental.