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GREENPEACE
FAZ PROTESTO EM CONSULADO
ESPANHOL POR LIBERAÇÃO DE
NAVIO
Panorama Ambiental
São Paulo – Brasil
Julho de 2003
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O Greenpeace
realizou um protesto no prédio do Consulado
da Espanha em São Paulo, com o objetivo
de pressionar o governo espanhol a liberar
o barco Rainbow Warrior, detido no porto de
Valência desde 13 de junho. O diretor
executivo da entidade, Frank Guggenheim, entregou
uma carta ao vice-cônsul, Alfonso Izco
Arana, que se comprometeu a encaminhá-la
ao governo de seu país.
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Símbolo
da luta ambientalista da entidade, a embarcação
foi retida no local depois de uma manifestação
pacífica contra a importação
de madeira ilegal. O governo espanhol exige
o pagamento de uma fiança de 300 mil
euros para que o barco seja liberado. O protesto
foi realizado por ativistas da organização
em mais de 20 países.
“A legislação européia,
que poderia evitar a entrada de madeira ilegal
no continente, não funciona, o que
tem causado grandes estragos nas florestas
de todo o mundo. A madeira ilegal da Amazônia
também chega ao continente por portos
como o de Valência. Além de o
governo espanhol não evitar o contrabando,
ainda está impedindo o Greenpeace de
fazê-lo”, disse Gustavo Vieira, da Campanha
de Florestas do Greenpeace Brasil. |
A organização
enviou no dia 26 de junho uma carta ao embaixador
espanhol no Brasil, José Coderch, pedindo
que o governo da Espanha libere o barco e
tome medidas para pôr fim à importação
de madeira ilegal.
No site da entidade, os internautas podem
participar de uma ciberação,
enviando mensagens de protesto à Embaixada
espanhola .
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O
capitão do Rainbow Warrior, Joel Stewart,
e os outros quatro integrantes da equipe foram
condenados a pagar uma multa de 630 euros.
O Ministério do Desenvolvimento espanhol
também abriu um processo administrativo
contra a embarcação. Entretanto,
o Greenpeace considera ilegal e discriminatório
que a mesma acusação seja perpetrada
por diversas vias. Assim, uma vez que os ativistas
já responderam por seus atos, exige
que o Rainbow Warrior seja liberado. |
Por
meio da campanha “Chega de madeira ilegal”,
os ativistas do Greenpeace pretendem denunciar
a destruição das últimas
florestas antigas do planeta, como a nossa
Floresta Amazônica, assim como a cumplicidade
de países europeus como Espanha, França
ou Itália, que permitem que seus portos
sejam a entrada para grande parte dessa madeira.
O Greenpeace pretende, com isso, promover
o uso ecologicamente sustentável e
socialmente responsável das matas.
A entidade também busca o estabelecimento
de áreas protegidas, destinadas à
conservação da diversidade biológica
das florestas, e de seus recursos naturais
e culturais. Elas são protegidas contra
a construção de estradas e atividades
industriais. |
As
chamadas florestas antigas, ou primárias,
são as últimas matas no mundo
que foram constituídas principalmente
por eventos naturais - isto é, sofreram
pouco impacto de atividades humanas. Desenvolvidas
durante milhares ou até milhões
de anos, são responsáveis por
vários processos ecológicos
e climáticos importantes. Além
disso, são berço para dois terços
das espécies de plantas e animais terrestres
do planeta. Elas são encontradas na
Amazônia, Congo, Sudeste Asiático,
Sibéria, EUA, Canadá, Patagônia
e algumas regiões de Europa e Rússia,
e correspondem a apenas 20% da cobertura de
florestas primárias original. |
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