A campanha está sendo realizada pela Coordenação Geral de Fiscalização Ambiental do Ibama nos aeroportos de Porto Alegre (RS), Belém (PA), Guarulhos (SP), Galeão (RJ), Guararapes (PE), Juscelino Kubitscheck (DF), Eduardo Gomes, em Manaus (AM). O trabalho é desenvolvido através de uma ação de informação e orientação aos usuários de transporte aéreo e aos funcionários de empresas do setor.
“Queremos ter esse público como parceiros do Ibama, auxiliando no controle e fiscalização do transporte de cargas vivas (animais silvestres), produtos e subprodutos (material genético) da fauna, flora e pesca, e de substâncias potencialmente nocivas ao meio ambiente e à saúde humana”, afirma o coordenador de fiscalização ambiental do Ibama, Marcelo Marquesini. Como suporte ao trabalho cartazes e folderes que estão sendo afixados e distribuídos à população.
O coordenador explicou que a estimativa, tanto de ambientalistas quanto do próprio Instituto, com relação ao comércio ilegal da fauna silvestre brasileira é da ordem de mais de 38 milhões de espécimes por ano, com saídas para o exterior pelos portos e aeroportos.

“Para coibir este tipo de pirataria criamos a Divisão de Fiscalização Aeroportuária e Portuária, no âmbito da Coordenação Geral de Fiscalização, da Diretoria de Proteção Ambiental do Ibama. Com isso estamos atendendo a recomendação do Ministério Público Federal para que procedêssemos a criação, o aparelhamento e ocupação física de Postos de Controle e Fiscalização do Ibama nos aeroportos brasileiros” disse Marquesini.

A Divisão, explicou ele, tem como atribuições a coordenação das atividades de fiscalização, a proposição de procedimentos de controle, e de ações de conscientização dos usuários e empresas de transportes aéreos, marítimos e terrestres com relação á questão do transporte de animais, plantas silvestres e substâncias potencialmente nocivas ao meio ambiente e á saúde humana.

Para dar continuidade às ações de controle e fiscalização ambiental, está prevista a assinatura de um protocolo de intenções entre o Ibama, Infraero, Polícia Federal, Receita Federal, Correios, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Ministério da Agricultura. O objetivo é propiciar a infra-estrutura física e operacional, de recursos humanos e de capacitação, que permita a intensificação das atividades de controle e fiscalização da legislação ambiental nos aeroportos, com ênfase no combate à biopirataria.