GREENPEACE EXPÕE MADEIRA DE CONFLITO
EM PORTO DA FRANÇA

Panorama Ambiental
Sète – França
Maio de 2003


Ativistas a bordo do navio do Greenpeace Rainbow Warrior entraram no Porto de Sète, na França, nesta manhã e escalaram os guindastes do porto para denunciar a existência de aproximadamente 8 mil metros cúbicos de madeira de conflito (1) provenientes da Libéria, Camarão e República do Congo. A madeira está atualmente
estocada em Sète, na França.
A França é o maior importador de madeira tropical da Europa. A cada ano, cerca de 120 mil toneladas de madeira chega em Sète - a maioria proveniente da África. Uma vez no mercado francês, quase um quarto da madeira importada é destinado a projetos e construções do governo.
"O governo francês deve tomar medidas severas para acabar com a importação de madeira tropical de conflito e adotar uma política de compra que dê preferência à madeira certificada pelo FSC (Conselho de Manejo Florestal)", disse Ludovic Frère, do Greenpeace França.
Em abril de 2002, o governo de Jacques Chirac anunciou que o novo código para política pública deveria incluir critérios ambientais e preferir produtos FSC. Mas, até agora, nenhum passo concreto foi dado.
Depois de dois anos de campanha do Greenpeace e da organização humanitária Global Witness, o Conselho de Segurança das Nações Unidas decidiu, na semana passada (07/05), incluir a madeira às sanções impostas à Libéria, proibindo todas as exportações de madeira. O governo francês, que não tinha adotado qualquer medida para proibir a importação de madeira de conflito, deve agora fazer todo o possível para barrar o comércio deste tipo de madeira e proteger os remanescentes florestais do planeta.

A campanha do Greenpeace pela proteção dos últimos remanescentes florestais do planeta tem como objetivo promover o uso ecologicamente sustentável e socialmente responsável das florestas, assim como a implementação de áreas de proteção. Áreas de florestas protegidas são dedicadas à conservação da biodiversidade e dos recursos naturais e culturais a ela associados, e são estabelecidas e manejadas respeitando os direitos de povos tradicionais - particularmente as populações indígenas. Tais áreas são protegidas contra a construção de estradas e atividades industriais. A campanha do Greenpeace também pede que os consumidores comprem apenas produtos provenientes de florestas manejadas de acordo com os princípios e critérios do FSC (2).

Notas:

(1) A expressão "madeira de conflito" ou "madeira de guerra" foi utilizada pela primeira vez em 2001 em um informe do Painel de Especialistas das Nações Unidas sobre a Exploração Ilegal dos Recursos Naturais e outras Fontes de Riqueza na República Democrática do Congo. A Global Witness, uma ONG britânica especializada em

florestas e direitos humanos, definiu a madeira de conflito como "madeira que tem sido utilizada, em algum ponto de sua cadeia de custódia, por grupos armados, facções rebeldes, soldados regulares ou da administração civil, com o objetivo de perpetuar um conflito ou beneficiar-se das situações de conflito em proveito próprio". Atualmente, a madeira procedente de regimes ditatoriais, forças de ocupação ou facções rebeldes em países em conflito, como Burma, Libéria ou República Democrática do Congo, é considerada sob esta definição.
(2) O FSC, sigla em inglês do Conselho de Manejo Florestal (Forest Stewardship Council), é o único sistema de certificação independente integrado por representantes de empresas madeireiras, organizações ambientalistas e do setor social. Mundialmente reconhecido, o FSC é o único sistema que atende a rígidos padrões ecológicos internacionais, incorporando de forma equilibrada os interesses de grupos sociais, econômicos e ambientais. A certificação é, atualmente, a melhor forma de atestar que o manejo de florestas nativas ou de plantações é realizado de maneira eficaz, ambientalmente adequada, transparente e economicamente viável. O selo FSC - também conhecido como selo verde - assegura transparência em todo o processo - desde a extração da madeira na floresta, passando pelo processamento na indústria até chegar ao consumidor final.

Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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