GREENPEACE ACUSA AUTORIDADES AMERICANAS
EM MIAMI POR DISCRIMINAÇÃO

Panorama Ambiental
Miami – EUA
Outubro de 2003

Greenpeace acusa autoridades por discriminação ao negar direito de atracagem para navio da organização Ambientalistas declaram que decisão fere liberdade de expressão

O Greenpeace acusou ontem autoridades do Porto de Miami de violar o direito à liberdade de expressão por negar permissão para que um dos navios da organização atraque neste porto americano. O navio Esperanza está previsto para chegar em Miami no dia 26 de outubro.
Segundo o diretor-executivo do Greenpeace nos EUA, John Passacantando, oficiais do Porto de Miami apresentaram argumentos impróprios para impedir que o barco ancore no local. “Só podemos concluir que as autoridades portuárias não gostam da nossa mensagem sobre o papel dos Estados Unidos na destruição da Amazônia e querem impedir que ela seja ouvida pelos moradores da cidade. No entanto, a Primeira Emenda da Constituição norte-americana não permite esse tipo de censura e discriminação. Chamamos as autoridades a fazer o que é certo e reverter a decisão do Porto”.
O Greenpeace solicitou espaço para ancorar o navio em Miami, o que permitiria tanto o abastecimento do navio quanto a visita do público a bordo para conhecer o trabalho da organização pela proteção da floresta
amazônica. O Greenpeace explicou os propósitos para uma autoridade portuária e ambos concordaram por um terminal apropriado para a embarcação. No entanto, no dia 7 de outubro, o mesmo oficial afirmou que o porto não aceitaria nenhum navio do Greenpeace. Em seguida, autoridades portuárias declararam por escrito que atividades públicas não eram mais permitidas no porto e alegaram que o Greenpeace ofereceria um “alto risco de segurança”, referindo-se a uma ação judicial movida pelo governo americano contra a organização e que continua pendente na Corte Federal de Miami.
No dia 10 de outubro, o Greenpeace enviou uma carta às autoridades do porto questionando os motivos alegados para a recusa do espaço para receber o Esperanza - enquanto visitavam o local, membros da organização observaram que, “coincidentemente”, um evento público ocorria naquele exato momento. Em carta do dia 14 de outubro, o diretor do porto, Charles Towsley, recusou o pedido de reconsideração do Greenpeace, concentrando sua resposta nas acusações do governo norte-americano. Embora sem especificar, Towsley também citou “recentes comportamentos impróprios” do Greenpeace e disse que oficiais da Guarda Costeira compartilhavam de sua preocupação.
O Greenpeace respondeu que as acusações federais contra a organização não justificam a decisão do Porto. No dia 12 de abril de 2002, dois ativistas abordaram um navio comercial a vários quilômetros da costa da Flórida, e estenderam uma faixa com a mensagem: “Presidente Bush, Chega de Madeira Ilegal”. A embarcação transportava madeira ilegal proveniente da Amazônia Brasileira. O governo americano acusou o Greenpeace de infringir uma obscura lei do século 19 contra abordagem de navios (1). O Greenpeace pediu pelo arquivamento do caso. Este parece ser o primeiro caso na história dos Estados Unidos no qual o governo processa uma organização inteira por um protesto pacífico ou por atos de desobediência civil de seus membros. “Em uma democracia, somos inocentes até que se prove o contrário - principalmente em um processo judicial bizarro e sem precedentes como esse”, disse Paulo Adário, coordenador da campanha da Amazônia do Greenpeace. “Enquanto isso, estou confiante de que a verificação dos registros do porto vai revelar que, ao longo dos anos, muitos indivíduos e empresas condenadas por crimes têm recebido permissão para ancorar aqui”, completou Passacantando.

Fonte: Greenpeace-Brasil (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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