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ESPECIALISTAS
ESTRANGEIROS DEFENDEM
NOVA LEGISLAÇÃO SOBRE EMISSÁRIOS
Panorama
Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Dezembro de 2003
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Os consultores estrangeiros,
presentes no workshop "Emissários Submarinos:
Projeto, Avaliação de Impacto Ambiental
e Monitoramento" organizado pela CETESB - Companhia
de Tecnologia de Saneamento Ambiental, participou
de uma mesa-redonda para sistematizar as informações
técnicas levantadas durante o encontro, com
o objetivo de aperfeiçoar a legislação
ambiental e os procedimentos de licenciamento de
emissários submarinos no Estado de São
Paulo. As questões foram divididas em cinco
grandes temas: o planejamento regional de sistemas
de tratamento de esgoto, modelagem aplicada a estudo
de emissários submarinos, operação,
monitoramento e qualidade, projeto e técnicas
construtivas e legislação. Dentro
do item do planejamento regional de sistemas de
tratamento de esgoto foram considerados o custo
de operação ao longo da vida útil
de um emissário submarino; a conscientização
da população quanto às vantagens
e desvantagens do empreendimento; a definição
de critérios para o planejamento para o saneamento
de cada região; a busca de soluções
mais baratas para pequenos municípios; os
zoneamentos costeiros, comitês de bacia e
outros fóruns institucionais; coordenação
de informações políticas; a
eutrofização (aumento de nutrientes
nos corpos d’água); a necessidade de se construir
emissários longos para evitar a aproximação
da pluma da praia; o plano diretor, incluindo o
licenciamento ambiental, com a participação
da comunidade; considerar que uma aglomeração
a partir de 100 mil habitantes tenha no mínimo
o tratamento primário avançado de
esgoto antes de ser lançado no emissário;
considerar as descargas cumulativas; as metas progressivas
de níveis de tratamento, com ênfase
na coleta de esgoto; e o levantamento de dados históricos
e a disponibilização dos mesmos. Quanto
ao item sobre a modelagem aplicada a estudos de
emissário submarino foram propostos a formulação
de modelos de qualidade da água para a costa
paulista; modelos de campo próximo e campo
afastado; ferramentas como SR (imagem de satélite)
na modelagem; considerar o teste T-90 variável
incluindo os enterococos; modelagens estatísticas
e deterministas; modelagem com indicadores conservativos;
além da modelagem de dados bacteriológicos
e modelagem dos aspectos hidrodinâmicos. Quanto
à operação, monitoramento e
qualidade, as sugestões foram monitoramento
combinado entre a ETE e os emissários na
zona de mistura; plano de operação
e manutenção; ecobatimetria e vídeo;
sistematização dos planos de monitoramento
e definição dos objetivos; critérios
para a definição da malha amostral;
monitoramento intensivo no início da operação;
e a necessidade de levar em consideração
a variação do meio ambiente. Para
o item sobre o projeto e as técnicas construtivas
foram feitas observações sobre o estado
da arte das ETEs (projeto e a construção);
formação de um grupo especializado
para administrar, gerir e coordenar a construção
do emissário e criar uma base legal para
os contratos. No item sobre legislação,
as contribuições trataram da obrigação
da ligação das redes coletoras; normatização
das zonas de misturas; apresentação
do licenciamento com dimensões da área
de mistura; e avaliação das condições
ambientais do corpo receptor antes do licenciamento,
como uma exigência prévia e a regulamentação
de parâmetros mínimos físicos,
químicos e biológicos. Devido à
hora avançada, foi sugerida a abertura de
uma página no site da CETESB para que os
participantes e outros interessados possam enviar,
por escrito, sugestões para serem discutidas.
Segundo o diretor de Engenharia, Tecnologia e Qualidade
Ambiental da CETESB, Lineu Bassoi, "será
formado um grupo de discussão para receber
e enviar as sugestões e as recomendações
desse site para a consecução do documento
final".
Fonte: Secretaria Estadual do
Meio Ambiente de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Renata Egydio)