GREENPEACE LANÇA CAMPANHA VENENO DOMÉSTICO

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Outubro de 2003

Organização quer alertar e mobilizar a população para os perigos de substâncias tóxicas encontradas dentro de casa

O Greenpeace lança hoje a Campanha Veneno Doméstico, com o objetivo de detectar as substâncias tóxicas presentes dentro de nossas casas. Na primeira fase da campanha, selecionaremos 60 residências em três Estados brasileiros: São Paulo, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro, para realizarmos a coleta da poeira que será analisada no laboratório holandês TNO - atualmente um dos mais adequados para fazer esse trabalho. Os dias e horários das coletas serão divulgados com antecedência.
Existem substâncias tóxicas - presentes numa série de produtos de consumo diário - que podem causar sérios danos à nossa saúde e ao meio ambiente. Essas substâncias estão presentes na fabricação de carpetes, brinquedos (especialmente os que usam o PVC), eletrodomésticos e cosméticos, entre outros.
"Num primeiro momento, a campanha pretende alertar a população e os consumidores sobre o descontrole por parte da indústria e do governo sobre as substâncias químicas e a contínua contaminação tóxica ocasionada por essa situação. Temos pouco conhecimento ou controle sobre a quantidade das substâncias químicas que se produz e sobre sua toxicidade, o que quer dizer que estamos nos contaminando diariamente dentro de nossas próprias casas sem saber", afirma o coordenador da Campanha de Substâncias Tóxicas do Greenpeace, John Butcher.
Na Europa (1), escritórios do Greenpeace coletaram amostras de poeira doméstica em residências do Reino Unido, França, Espanha, Dinamarca, Suécia e Finlândia. As análises da poeira, realizadas por laboratórios independentes, revelaram quantidades significativas de:

  • alcalinofenóis: disruptores hormonais usados em cosméticos e outros produtos de higiene pessoal;
  • ésterftalatos: prejudiciais ao sistema reprodutivo, usados para tornar o PVC maleável e presente em brinquedos, interior de carros e cabos, perfumes, tintas e adesivos;
  • substâncias químicas bromadas: prejudiciais ao sistema hormonal, usados para retardar a propagação do fogo;
  • parafinas cloradas: potencialmente cancerígenas, usadas em tintas, plásticos e borrachas;
  • compostos orgânicos à base de estanho: tóxicas para o sistema imunológico, usados como estabilizadores em plásticos (especialmente em PVC) e como tratamento contra mofo e poeira (ácaros) em alguns carpetes e pisos de PVC.

Na segunda parte da campanha, o Greenpeace, com os resultados das análises em mãos, demandará que as indústrias apliquem o que se conhece como "Princípio da Substituição", que prevê o uso de substâncias não tóxicas no lugar das que são consideradas perigosas ou venenosas. Como se pode ver, o objetivo maior da organização é promover uma mudança de atitude das empresas e dos consumidores, provocando uma alteração em alguns sistemas de produção.
Para que tudo isso se concretize, o Greenpeace quer que o governo federal formule e implante uma Política Nacional de Segurança Química e que ratifique a Convenção de Estocolmo, tratado internacional que estipula o banimento inicial de uma lista de 12 Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), ou os "12 Sujos", tidos como as substâncias mais tóxicas atualmente.
Os interessados em colaborar com a campanha "Veneno Doméstico" podem se inscrever até as 15h do dia 31 de outubro pelo site www.greenpeace.org.br/venenodomestico ou pelo telefone 3035-1176. Já a coleta do material nas residências selecionadas está prevista para o período de 3 a 14 de novembro de 2003.

Nota:

(1) O relatório "Consuming chemicals: Hazardous chemicals in house dust as an indicator of chemical exposure in the home", sobre a campanha na Europa, está disponível para download
<http://www.greenpeace.org.br/venenodomestico/pdf/consuming_chemicals.pdf>.
Confira também a versão em português do sumário executivo do relatório
<http://www.greenpeace.org.br/venenodomestico/pdf/sumario_executivo.pdf>.

Fonte: Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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