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JANELA ELETRÔNICA:
UMA APOSTA NO GEOPROCESSAMENTO DE DADOS
Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Julho de 2003
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O Núcleo de Pesquisa em Tecnologia
Avançada para Monitoramento e Proteção
Ambiental - NATA, criado em junho de 2000
pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado
- SMA, quer compartilhar o seu trabalho com
outros órgãos do Governo. Para
divulgar o leque de possibilidades que essa
moderna ferramenta de trabalho proporciona,
a equipe que atua no processamento das informações
visuais, fornecidas pelo satélite Ikonos,
fez uma apresentação nesta quarta-feira
(23/7), no Palácio dos Bandeirantes,
dirigida a todas as secretarias de Estado.
A iniciativa da SMA, divulgando o aplicativo
denominado "Janela Eletrônica",
tem a finalidade de despertar o interesse
de outros órgãos do governo,
ampliando o compartilhamento das informações,
por meio da rede Intranet, proporcionando
ao usuário uma infinidade de dados
precisos e detalhados, com a necessária
rapidez. |
"Quanto
maior for a adesão, mais informações
poderão ser disponibilizadas, já
que cada órgão fará investimento
em sua área de interesse", explica
Frederick Couto, criador do projeto. "Dessa
forma, poderemos diluir os gastos, uma vez
que o custo para adquirir uma base de dados
ou atualizar as imagens de satélite
é muito alto", conclui. Essa tecnologia
já despertou o interesse da Procuradoria
Geral do Estado - PGE, Polícia Militar
e as Secretarias da Educação
e da Habitação. A PGE já
está trabalhando com o sistema e, dentro
de poucos dias, as demais também estarão
integradas. A Secretaria da Educação
pretende utilizar o sistema para mapear as
escolas estaduais existentes e localizar,
por exemplo, as áreas dentro do limite
de dois quilômetros de cada unidade,
onde devem residir os seus alunos como prescreve
a legislação. Outra possibilidade
de uso é a identificação
de escolas, cujo acesso pela comunidade de
bairros próximos é dificultado
pela existência de rios sem pontes.
A Secretaria da Habitação encontrará
aplicabilidade no mapeamento de favelas e
quantificação de barracos, facilitando
os cálculos para projetos habitacionais.
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Base de dados
A SMA já adquiriu
a base de dados que cobre os 8 mil km2 da Região
Metropolitana de São Paulo e os 22 mil km2
do Litoral paulista. O Estado, porém, tem
uma área de 248 mil km2 e a intenção
do Governo é de criar um “clube de compras”,
envolvendo todos os órgãos do Estado,
para que cada um adquira a base de dados de um trecho
do Estado. Assim, será possível ter
o geomapeamento de todo o território estadual
e georreferenciar as informações de
interesse, que poderão ser acessadas, em
diferentes níveis, por todos. O satélite
Ikonos, da Space Imaging, de Colorado, nos Estados
Unidos, produz imagens em escala 1:2.000, onde cada
ponto corresponde a uma área de 1 m²
no solo, permitindo a visualização
individual de automóveis e árvores.
Diversas áreas da SMA já utilizam
os recursos oferecidos pelo NATA em suas rotinas
de trabalho. Ao acessar o site do NATA, o técnico
pode visualizar, por exemplo, todas as áreas
identificadas pela CETESB como contaminadas, marcadas
com um alfinete que simboliza uma caveira. O clique
em cada alfinete permite o acesso a uma ficha com
todos os dados da área em questão.
O sistema pode, também, apresentar todas
as características hidrogeológicas
da área consultada. Essas informações
podem ser impressas e fornecidas aos interessados
que consultam a SMA para a implantação
de empreendimentos. "Com essas informações
disponíveis não correremos mais o
risco de termos casos como o de Barão de
Mauá", salienta Couto, em referência
ao condomínio que foi construído sobre
área contaminada. No momento, a equipe do
NATA está inserindo no sistema informações
sobre as 29 mil fazendas que cultivam cana-de-açúcar
no Estado. Essas propriedades terão seus
processos de queima da palha controlados por meio
eletrônico. Está, também, efetuando
a marcação de todas as áreas
de proteção aos mananciais sob fiscalização
da SMA.
Fonte: Secretaria do Meio Ambiente
de São Paulo (www.ambiente.sp.gov.br)
Cris Olivette
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