EMPRESAS DRIBLAM RESPONSABILIDADE CORPORATIVA

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Setembro de 2003

Indústrias poluidoras investem mais em do que em soluções ambientais; contrariando estudo, Solvay declara não ter opções para descontaminação

Nenhum dos 17 crimes ambientais no Brasil relatados pelo Greenpeace em junho de 2002 foi resolvido adequadamente até hoje. Nossa batalha tem sido árdua mas continuamos lutando para que empresas como
Solvay, Shell, Rhodia e muitas outras sejam efetivamente responsabilizadas pelos danos que causaram e continuam causando ao meio ambiente e à saúde humana.
Muitas são as razões pelas quais as corporações continuam agindo impune e irresponsavelmente. Em geral, o sistema judiciário brasileiro é moroso, permitindo ao poluidor ou criminoso “empurrar coma barriga” as suas responsabilidades. Os órgãos ambientais de monitoramento e fiscalização, além de alguns procuradores do Ministério Público (MP), têm ainda posturas pouco energéticas ou eficientes.
Ao mesmo tempo, devemos estar atentos para não sermos ludibriados pela “maquiagem verde” promovida por muitas empresas. Elas por vezes investem alguns recursos em novos sistemas de gestão ambiental e programas de responsabilidade social, e muitos milhões em propaganda para vender um pretensa imagem positiva. O caso de contaminação da Solvay Indupa do Brasil é um exemplo de irresponsabilidade e de maquiagem verde. A empresa, como já anunciamos várias vezes, possui
uma enorme área contaminada por substâncias altamente tóxicas ao lado da sua planta industrial, em Santo André (SP).
O máximo a que se dispõe a fazer, entretanto, é isolar a sua cal contaminada por meio de uma obra de engenharia chamada confinamento geotécnico e barreiras hidráulicas – em vez de descontaminar a área.
Quando anuncia publicamente que, segundo estudos realizados por um empresa de consultoria contratada pela própria Solvay, não existe nenhuma tecnologia alternativa para a descontaminação do solo – e assegura que o sistema de confinamento é adequado para proteger o meio ambiente – a empresa está maquiando o problema. Apresentando em fevereiro deste ano, o estudo, na verdade, sugere que o confinamento não é eficiente a logo prazo.
Segundo suas conclusões, há pelo menos duas tecnologias para a descontaminação da área que poderiam ser viáveis e seguras. Porém, devido à peculiaridades da contaminação (como a mistura de diversos contaminantes), seria necessária a utilização de duas ou mais tecnologias combinadas. O Termo de Ajuste de Conduta (TAC) ou Termo de Acordo Procedimental, assinado em dezembro de 1999 pelo Ministério Público, a Cetesb, a Solvay (poluidora) e o Greenpeace (denunciante), obriga a empresa a utilizar apenas tecnologias já testadas. Assim, a Solvay vem erroneamente sustentando que testar combinação de duas tecnologias, mesmo que elas já tenham sido testadas separadamente, seria o mesmo que testar uma nova.
Para o Greenpeace, a empresa está utilizando o artificio para não ter que resolver o problema de fato. Exigimos que as substâncias tóxicas sejam eliminadas do local, de forma que não representem um perigo para as futuras gerações. Diga-se de passagem, a área está colada ao Rio Grande, efluente da represa Billings 0 uma das principais fornecedoras de água para a população da Grande são Paulo.
Fique atento e não permita à empresa considerar que os investimentos de milhões em maquiagem verde valham a pena. Demonstre e lute conosco para que ela efetivamente solucione os problemas que ela mesma causou.

Fonte: Diário de Bordo - Greenpeace (www.greenpeace.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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