FALCÕES
BRASILEIROS AJUDARÃO
A EVITAR ACIDENTES AÉREOS
Panorama Ambiental
Brasília (DF) - Brasil
Setembro de 2003
Falcões, gaviões
e corujas serão os novos aliados dos controladores
de vôos dos principais aeroportos brasileiros.
O Ibama deverá autorizar nas próximas
semanas o uso da falcoaria para afugentar as aves
que ameaçam a segurança dos vôos
e ainda causam prejuízos às companhias
aéreas. Serão autorizadas apenas aves
de rapina brasileiras da ordem dos falconiformes(falcões
e gaviões) e strigiformes(corujas), desde
que não constem na Lista das Espécies
da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção.
As aves dessas ordens são predadoras naturais
e basta a sua presença na área dos
aeroportos para espantar espécies que costumam
colidir com as aeronaves, entre elas: quero-queros,
garças, pombos, gaivotas, pardais e urubus.
A falcoaria é uma técnica eficiente,
mas deve ser associada a outras, principalmente
a eliminação dos lixões próximos
aos aeroportos, fator de atração de
aves indesejadas quando se trata do tráfego
aéreo.
A regulamentação que será publicada
exigirá que os falcoeiros sejam credenciados
no Ibama para que o exercício da atividade
se dê de maneira controlada. No Brasil, existem
cerca de vinte especialistas que se dedicam à
criação e ao adestramento das aves
para a prática da falcoaria.
De acordo com o Centro de Investigação
e Prevenção de Acidentes Aéreos
(Cenipa/Aeronáutica), só neste ano
foram registrados 231 incidentes nos aeroportos
brasileiros. Uma ave de aproximadamente um quilo
e meio ao se chocar com uma aeronave a 600 km/h
gera um impacto de cerca de cinco toneladas. Conforme
os especialistas, a colisão pode provocar
até mesmo a queda da aeronave. A falcoaria
é uma arte medieval e atualmente faz parte
das estratégias de segurança na Argentina,
Estados Unidos e Europa.
Ascom - (61)316-1015
