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FLORESTAS
PÚBLICAS PARA PRODUÇÃO
SUSTENTÁVEL
CONSOLIDAM NOVO MODELO PARA A AMAZÔNIA
Panorama Ambiental
Rio Branco (AC) – Brasil
Setembro de 2003
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Criação
do Parque Estadual do Chandless, assinada juntamente
com o decreto das florestas estaduais, impede avanço
do desmatamento no Acre
A criação
das novas áreas protegidas será celebrada
hoje (quarta-feira, 10 de setembro) em Durban, na
África do Sul, com a comunidade internacional
presente ao Congresso Mundial de Parques. A assinatura
em Rio Branco pelo governador do Acre, Jorge Viana,
na última sexta-feira, 5 de setembro, de
dois decretos em comemoração ao Dia
da Amazônia, deu novo alento ao Programa Acre
Sustentável, desenvolvido em
parceria com o WWF-Brasil. Os documentos criaram
o Parque Estadual do Chandless, com 695 mil hectares,
e três florestas estaduais de produção
que totalizam outros 482 mil hectares. Durante a
cerimônia, realizada
na Casa dos Povos da Floresta, mudas de mogno, cedro
e ipê foram plantadas pelo governador, o coordenador
do Programa Amazônia do WWF-Brasil, Luís
Meneses, o presidente do FSC-Brasil, Garo Batmanian,
e
representantes do Ministério do Meio Ambiente.
O anúncio da criação dessas
novas áreas para conservação
da natureza havia sido antecipado por Jorge Viana
no dia anterior, perante mais de uma centena de
jornalistas que participaram de uma visita ao Seringal
Cachoeira, em Xapuri, dentro da programação
do I Encontro Internacional de Jornalismo Ambiental
da Amazônia.
"As novas florestas estaduais de produção
constituem uma nova política de áreas
públicas destinadas à produção
sustentável. Não se pode admitir que
uma única pessoa detenha extensões
de terra que são
patrimônio do povo brasileiro. As florestas
públicas permitem que o capital privado tenha
acesso, de forma sustentável, aos produtos
da floresta, ao mesmo tempo que garantem à
sociedade acreana o acesso aos
benefícios dessas áreas através
da arrecadação com as concessões
florestais", diz Luís Meneses. A floresta
estadual do mogno – explicou - irá reproduzir
o sistema de manejo sustentável do mogno
desenvolvido
numa área de 1 mil hectares da empresa Acre
Brasil Verde/AFG Neto, num projeto piloto do WWF
em parceria com o Imazon e governo do Estado.
Localizado no centro de diversidade das florestas
de bambu da ecorregião do Sul do Amazonas,
o Parque Estadual do Chandless "é um
dos últimos refúgios da vida silvestre
no Acre e uma região prioritária
para conservação da natureza",
destaca Luís Meneses, lembrando que a região
tem sido saqueada por madeireiros e pescadores e
que essa área estava identificada como prioritária
para a criação de unidade de
conservação, conforme o Zoneamento
Ecológico Econômico do Estado e o Programa
Áreas Protegidas da Amazônia - ARPA
(ambos realizados em parceria com o WWF). Com a
criação do Parque, a área ficará
sob a proteção do governo e torna-se
um patrimônio do povo brasileiro. O novo Parque
Estadual do Chandless vem se somar a outras unidades
de conservação, como a Reserva Extrativista
Cazumbá-Iracema e diversas
terras indígenas para formar um corredor
ecológico entre o Brasil e o Peru.
Fonte: WWF (www.wwf.org.br)
Regina Vasquez (Assessoria de Comunicação)