OLIMPÍADA VAI ESTIMULAR PRESERVAÇÃO AMBIENTAL Panorama Ambiental São Paulo (SP) – Brasil Abril de 2003

A reunião temática de ontem (25) do Conselho de Postulação de São Paulo à sede dos Jogos Olímpicos de 2012 tratou de preservação ambiental.

Com a presença do Secretário Municipal do Meio Ambiente, Adriano Diogo, e diversos representantes de vários setores que compõem o Conselho, foram apresentados projetos de recuperação e reaproveitamento ambiental, em função da realização dos Jogos na cidade.
Alguns desses projetos já estão em andamento e outros serão incorporados à cidade de acordo com as exigências do Comitê Olímpico Internacional (COI) e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
O legado olímpico de preservação, recuperação e educação ambiental, no caso paulistano, será um dos maiores benefícios que o evento trará, tanto para a população de São Paulo quanto para a do país.
O compromisso da cidade é com o respeito às recomendações do COB e COI de que os Jogos constituam um evento exemplar, comprometido com o desenvolvimento sustentável e proteção ao Meio Ambiente Natural, sempre pensando na reutilização dos espaços e instalações olímpicas depois da realização dos Jogos.
As intervenções para recuperação e preservação do meio ambiente em São Paulo foram divididas em quatro grandes temas:

Várzeas e recursos hídricos

Foram privilegiadas áreas próximas às várzeas dos rios, em especial o Tietê, para a localização dos equipamentos olímpicos.
O programa de intervenção ao longo dos rios Tietê, Tamanduateí e Pinheiros, além das represas de Guarapiranga e Billings, promoverá a efetivação dos programas de despoluição hídrica, já em andamento, trazendo como legado a recuperação ambiental tanto das áreas lindeiras a esses corpos d'água como dos próprios mananciais.
O programa de despoluição do Tietê foi concebido no final da década de 80 em três etapas. A primeira fase foi concluída em 1999, a segunda foi iniciada em 2002 e deve ser concluída em 2005. A terceira terá início em 2006 e deve terminar em 2010, antes, portanto, da realização dos Jogos.
Está prevista a implantação de 30 novos parques, um ganho de 6 milhões de metros quadrados em áreas verdes públicas, que se somarão aos parques lineares e às intervenções necessárias para a realização dos Jogos.

Melhoria de qualidade do ar

Serão criados corredores verdes, integrando ruas, praças e parques. Serão utilizados combustíveis ambientalmente amigáveis no transporte coletivo, como o biodiesel. A expansão das redes ferroviária e metroviária também contribuirá decisivamente para a melhoria da qualidade do ar.
Dentro das propostas das Agendas 21 do Estado e do Município, são adotadas várias formas alternativas de energia, que reduzem sensivelmente a emissão de poluentes, tais como o gás natural e células de hidrogênio, além de um programa de inspeção veicular, que atingirá todos os veículos em uso no município.
Está prevista também a construção de 300 quilômetros de ciclovia.

Gestão ambiental dos equipamentos

A legislação urbana de São Paulo já exige a elaboração de relatórios sobre efeitos de impacto ambiental.
A cidade estenderá essas diretrizes a todas as intervenções necessárias à realização da Olimpíada.
Serão utilizadas novas tecnologias e materiais ambientalmente amigáveis, racionalização e reutilização de água, uso racional e conservação de energia, coleta, reciclagem e disposição correta de resíduos, implantação do ISO 14001, construção de equipamentos desportivos adequados, com instalações de grande porte, mas que fujam do gigantismo desnecessário.
O gerenciamento de resíduos sólidos na cidade de São Paulo será feito por meio de novas unidades de tratamento de matéria orgânica, criação de 31 centros de triagem, operados por cooperativas de catadores, criação de 96 pontos de entrega voluntária de resíduos recicláveis secos, implantação de novo aterro sanitário e expansão do existente e a implantação de nova unidade de tratamento com tecnologia, que possibilita geração de energia, para os resíduos que não podem ser reciclados.
Usando o poder de compra como meio para aplicação de uma política ambiental, o Projeto Olímpico promoverá mudanças nos padrões de produção e consumo, estimulando a inovação tecnológica ecologicamente eficiente.
Serão promovidas intervenções no sentido de recuperar áreas importantes da cidade, fazendo com que a indicação de São Paulo como Cidade-Sede dos Jogos Olímpicos 2012 colabore efetivamente para a recuperação e melhoria ambiental das áreas urbanas.

Fonte: (www.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/meio_ambiente)
Assessoria de imprensa