CRIADO O FÓRUM DE DEFESA DOS DIREITOS INDÍGENAS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) - Brasil
Junho de 2004

Formado pela Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab), pela Associação Brasileira de Antropologia (ABA), pela Comissão Pró-Yanomami (CCPY), pelo Centro de Trabalho Indigenista (CTI), pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e pelo Instituto Socioambiental (ISA), foi lançado na semana passada com a intenção de combater a inércia do governo.
O Fórum de Defesa dos Direitos Indígenas foi definido como um espaço de persistência e resistência na defesa dos direitos indígenas pelo procurador-geral da República, Cláudio Fonteles, que, ao lado subprocuradora-geral da Republica e coordenadora da 6ª Câmara de Coordenação e Revisão das Comunidades Indígenas e Minorias do Ministério Público Federal, Débora Duprat, e do deputado federal Eduardo Valverde (PT/RO), da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Indígenas, compôs a mesa de abertura do evento de lançamento da mais nova articulação de organizações indígenas e indigenistas em defesa dos povos indígenas, realizado na última quarta-feira (23/6) na Procuradoria-Geral da República, em Brasília (DF).
Débora Duprat, uma das maiores estimuladoras da formação do fórum, o definiu como um espaço para os índios recuperarem para si o papel que a Constituição lhes destina. Saúde indígena e mineração em Terras Indígenas foram apontados por ela como os temas que deveriam ser escolhidas como as preocupações imediatas do grupo, cuja secretaria-executiva ficou a cargo da Coiab. E foram. Assim como a demarcação de TIs.
“A expectativa do ISA em relação ao fórum é de que ele possa abrir um canal consistente de diálogo com o atual governo que, em um ano e meio, ainda não dispõe de uma política indigenista”, apontou Márcio Santilli, do conselho diretor do Instituto Socioambiental.
Para Santilli, o momento atual é de um movimento reacionário nas classes dominantes, que incluem esforços para barrar direitos indígenas, restringir os poderes do Ministério Público Federal (MPF) e de criminalizar o Movimento dos Sem Terra (MST) e as Organizações Não-Governamentais (ONGs).
Em relação às Terras Indígenas, Júlio Macuxi, do Conselho Indígena de Roraima (CIR), considera que a situação da TI Raposa Serra do Sol (RR), pronta para ser homologada desde o início do governo, mas cujo adiamento da decisão suscitou diversas iniciativas pela retalhação da área, reflete a má vontade dos Três Poderes.
A defesa da homologação contínua da TI Raposa Serra do Sol, aliás, foi uma das três moções aprovadas na 24ª Reunião da Associação Brasileira de Antropologia (ABA), realizada entre 12 e 15/6, em Recife (PE), todas elas lidas no evento pelo presidente da ABA, Gustavo Lins Ribeiro.
Gilberto Azanha, diretor do CTI, afirmou que expectativa em relação ao fórum é de que ele consiga o comprometimento do presidente Lula com a inviolabilidade das TIs e alteração da política indigenista.
Já Davi Yanomami manifestou desagrado e preocupação com condução pelo presidente da questão do aproveitamento de recursos naturais em Terras Indígenas por não índios e denunciou a existência de 520 mineradoras prontas para entrar nas terras dos Yanomami.
“Os direitos indígenas são nossos, não são apenas deles. A garantia desses direitos ajuda a construir um Brasil que luta por todos”, declarou Dom Luciano Mendes de Almeida, do Cimi.
Participaram do evento ainda Dom Tomás Balduino, da Comissão Pastoral da Terra (CPT), Jecinaldo Cabral, coordenador geral da Coiab, Agnaldo Pataxó Hã-hã-hãe, representante da Articulação dos Povos Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo (Apoinme), Jô Oliveira, da Comissão Pró-Yanomami, entre outros.

Fonte: ISA – Instituto Socioambiental (www.socioambiental.org.br)
Assessoria de imprensa

 
 
 
 

 

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