EDUCAÇÃO AMBIENTAL DEVE UTILIZAR NOVOS RECURSOS PEDAGÓGICOS

Panorama Ambiental
São Paulo (SP) – Brasil
Junho de 2004

A mídia, em suas diversas formas, constitui um recurso pedagógico ainda pouco explorado. É por este motivo que a Secretaria do Meio Ambiente do Estado – SMA realizou o curso “Mídias e Outros Recursos Pedagógicos”, nesta quinta-feira (1/7), dirigido aos que atuam ou tem interesse na área da Educação Ambiental.

Pedro Calado
O curso foi organizado pela Coordenadoria de Planejamento Estratégico e Educação Ambiental – CPLEA, órgão da SMA, que convidou não apenas profissionais da área da educação, mas também da área da comunicação social, além de atrizes de teatro. É o caso da atriz, aderecista e figurinista Ana Luísa Lacombe, que desenvolveu o tema “A educação ambiental na ‘contação’ de história”.
A atriz, que realiza palestras como “contadora de histórias”, vale-se de suas habilidades para tratar de questões como o lixo, enfatizando a mensagem de que se trata de algo a ser transformado e reaproveitado. Esse trabalho começou, no Rio, onde participou da ONG Prosaber que desenvolvia um projeto de limpeza do Rio
Petrópolis, fazendo encenações de histórias para crianças mostrando que não se deve jogar lixo nos corpos d’água. “Não gosto de contar histórias de forma convencional. Meu objetivo é transmitir o conhecimento utilizando a imaginação das crianças, imagens e metáforas que busca nas lendas, mitos e fábulas, tornando o aprendizado mais agradável e prazeiroso”, explica a atriz.
Para ilustrar a sua apresentação, Ana Luísa contou e encenou uma lenda indígena da tribo Kaiapó, que viviam basicamente da caça. “Num certo diz, diz, o pagé ficou com a parte maior da caça e o índio Bigoroti, revoltado, acabou abandonando a tribo. Com o passar do tempo, os hábitos mudaram e os índios se tornaram cada vez mais egoístas não respeitando o meio ambiente.
Observando de longe a sua tribo, Bigoroti resolveu ajudá-los enviando sementes para que os índios começassem a cultivar seu próprio alimento, mostrando que é preciso preservar a natureza, não promovendo desmatamentos e nem poluir os rios.
Com essa apresentação, a atriz ressalta a importância das lendas e mitos para a conscientização das crianças, destacando a idéia de que somos seres gregários e devemos preservar o coletivo, defendendo interesses comuns, como evitar que os rios sejam poluídos.
A atriz encenou a peça “O ratinho do campo e o ratinho da cidade” em que, utilizando materiais reciclados, contou a história desses dois animais. O ratinho da cidade foi visitar o seu primo no campo, onde verificou que havia falta de alimentos, o que o deixou inconformado.
Assim, levou o ratinho do campo para conhecer a cidade, onde havia fartura, com comida à vontade.
Mas, segundo a mensagem transmitida pela atriz, o ratinho do campo não era feliz na cidade, pois, apesar da fartura, via grande desperdício que se transformava em lixo no grande centro urbano.
Erika Pioltine Anseloni, mestranda em Educação Ambiental pela UNESP de Rio Claro, falou sobre “Experiências de teatro em educação ambiental”, citando trabalho desenvolvido no Parque Nacional do Superagüi, no Paraná. Este parque, formado pelas ilhas de Superagüi e das Peças, foi criado em 1989, com uma área de 21.400 hectares que está ampliada para cerca de 34.000 hectares.
O parque possui formações costeiras arenosas, além de Mata Atlântica densa, restingas e manguezais, sendo considerado um dos cinco ecossistemas costeiros mais importantes do planeta. Erika ficou no parque por dois anos desenvolvendo atividades para a preservação das espécies de mico-leão-da-cara-preta e papagaio- da-cara-roxa, envolvendo a comunidade local.
Para isso utilizava palestras, com apresentações teatrais e jogos interativos. Entre suas peças feitas nessa estão “As aventuras de Zequinha Pescador”, no qual transformou uma série de “slides” em peça teatral para contar um pouco sobre o Parque Nacional Superagüi; “O Lixão no Quintal da Dona Amélia”, no qual as crianças eram os personagens da história, colocando em discussão a questão do lixo e sua reutilização; “Nós também somos o meio ambiente”, contando sobre a problemática ambiental da região a partir de bonecos de fantoches; “ O Mistério da Onça Oncilda”, um grupo de meninas apresenta uma peça mostrando o comportamento
de uma onça.
Erika finaliza a sua apresentação ressaltando a importância da preservação do meio ambiente junto com uma atividade teatral. “A arte gera conhecimento, explora a realidade e permite que o indivíduo reflita o seu comportamento dentro do contexto ambiental”, afirma a mestranda em Educação Ambiental.

Fonte: SMA – Secretaria Estadual do Meio Ambiente de SP (www.ambiente.sp.gov.br)
Assessoria de imprensa (Priscilla Martini)

 
 
 
 

 

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